São Paulo, quarta-feira, 11 de agosto de 2010

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Pacote quer salvar governos e cidades falidas

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

Para evitar mais uma rodada de demissões em massa do serviço público, a Câmara dos Representantes (deputados) dos EUA aprovou ontem um pacote de US$ 26,1 bilhões em ajuda fiscal a Estados e governos locais falidos pelo país.
A medida agora vai para a sanção do presidente Barack Obama. Ela inclui US$ 10 bilhões para salvar empregos de professores, verba para profissionais, como policiais, e pagamentos do Medicaid, o programa de saúde pública para famílias de baixa renda.
"Não podemos ficar parados sem fazer nada enquanto bilhetes de demissão são enviados aos que educam nossas crianças", disse Obama ontem para estimular o voto na Câmara. Os deputados foram convocados no meio do recesso de verão para aprovar o pacote.
Desde o ano fiscal de 2008, governos estaduais contabilizam mais de US$ 300 bilhões em deficit fiscais cumulativos. Outros US$ 125 bilhões já são projetados para os próximos anos, segundo a Confederação Nacional de Legislaturas Estaduais.
Gastos com educação em geral compõem um terço dos fundos estaduais; somando gastos médicos, principalmente o Medicaid, os custos já passam da metade da verba disponível.
Enquanto isso, as principais fontes de arrecadação continuam em baixa, mesmo em relação ao ano passado, quando a situação da economia era ainda pior.
A arrecadação com impostos de venda de produtos estão 1% menores do que no mesmo período de 2009; impostos de renda, 2,8% menores; e impostos corporativos, 5,8% menores. Os cortes de gastos vêm de todos os lados. No Havaí, o ano letivo foi reduzido.
Democratas rejeitaram críticas republicanas alegando que o financiamento da ajuda virá do endurecimento da cobrança de impostos a firmas com filiais em outros países.


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