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Pacote quer salvar governos e cidades falidas
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Para evitar mais uma rodada de demissões em massa do serviço público, a Câmara dos Representantes
(deputados) dos EUA aprovou ontem um pacote de
US$ 26,1 bilhões em ajuda
fiscal a Estados e governos
locais falidos pelo país.
A medida agora vai para
a sanção do presidente Barack Obama. Ela inclui US$
10 bilhões para salvar empregos de professores, verba para profissionais, como
policiais, e pagamentos do
Medicaid, o programa de
saúde pública para famílias
de baixa renda.
"Não podemos ficar parados sem fazer nada enquanto bilhetes de demissão são
enviados aos que educam
nossas crianças", disse
Obama ontem para estimular o voto na Câmara. Os deputados foram convocados
no meio do recesso de verão
para aprovar o pacote.
Desde o ano fiscal de
2008, governos estaduais
contabilizam mais de
US$ 300 bilhões em deficit
fiscais cumulativos. Outros
US$ 125 bilhões já são projetados para os próximos
anos, segundo a Confederação Nacional de Legislaturas Estaduais.
Gastos com educação em
geral compõem um terço
dos fundos estaduais; somando gastos médicos,
principalmente o Medicaid,
os custos já passam da metade da verba disponível.
Enquanto isso, as principais fontes de arrecadação
continuam em baixa, mesmo em relação ao ano passado, quando a situação da
economia era ainda pior.
A arrecadação com impostos de venda de produtos estão 1% menores do
que no mesmo período de
2009; impostos de renda,
2,8% menores; e impostos
corporativos, 5,8% menores. Os cortes de gastos vêm
de todos os lados. No Havaí,
o ano letivo foi reduzido.
Democratas rejeitaram
críticas republicanas alegando que o financiamento
da ajuda virá do endurecimento da cobrança de impostos a firmas com filiais
em outros países.
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