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"Choque monetários"
Principal tema do G20, câmbio foi ajustado várias vezes desde o fim do padrão-ouro , que deu início ao reinado do dólar
NATÁLIA PAIVA
IVAN LUIZ
DE SÃO PAULO
Da reunião na vilazinha de
New Hampshire (EUA) à cúpula que começa hoje na metrópole Seul, duas mudanças-chave: a ascensão da
China e a redução da fatia
americana do PIB global.
"Não há novidade no problema em si, mas no "player"
que entrou, que tem um modelo cambial peculiar", diz
Simão Silber, da USP.
O yuan é controlado pelo
governo chinês, enquanto as
outras moedas "flutuam" (se
valorizam ou desvalorizam).
Mantê-lo baixo barateia os
"made in China". "Mas o problema continua o mesmo: a
falta de coordenação, o que
fará o G20 "andar de lado".
Apesar de mais de 80%
das transações internacionais serem feitas em dólar, os
EUA são responsáveis hoje
por só 24% do PIB do mundo.
"À época de Bretton Woods,
eram 42%", diz o economista
Ernesto Lozardo, da FGV.
Com emprego e demanda
em baixa, os EUA têm tomado medidas que acabam por
derrubar ainda mais o dólar.
Para Lozardo, elas são paliativas: com enormes deficit,
que tornam o dólar muito
vulnerável, os EUA precisam
de ajustes "drásticos". "E
não é um acordo cambial global que vai resolver isso."
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