São Paulo, quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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"Choque monetários"

Principal tema do G20, câmbio foi ajustado várias vezes desde o fim do padrão-ouro , que deu início ao reinado do dólar

NATÁLIA PAIVA
IVAN LUIZ
DE SÃO PAULO

Da reunião na vilazinha de New Hampshire (EUA) à cúpula que começa hoje na metrópole Seul, duas mudanças-chave: a ascensão da China e a redução da fatia americana do PIB global.
"Não há novidade no problema em si, mas no "player" que entrou, que tem um modelo cambial peculiar", diz Simão Silber, da USP.
O yuan é controlado pelo governo chinês, enquanto as outras moedas "flutuam" (se valorizam ou desvalorizam). Mantê-lo baixo barateia os "made in China". "Mas o problema continua o mesmo: a falta de coordenação, o que fará o G20 "andar de lado".
Apesar de mais de 80% das transações internacionais serem feitas em dólar, os EUA são responsáveis hoje por só 24% do PIB do mundo. "À época de Bretton Woods, eram 42%", diz o economista Ernesto Lozardo, da FGV.
Com emprego e demanda em baixa, os EUA têm tomado medidas que acabam por derrubar ainda mais o dólar.
Para Lozardo, elas são paliativas: com enormes deficit, que tornam o dólar muito vulnerável, os EUA precisam de ajustes "drásticos". "E não é um acordo cambial global que vai resolver isso."


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