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Senado deixa de fora alta da alíquota dos royalties
Reajuste de 10% para 15%, aprovado na Câmara, foi retirado do projeto
Emendas de senadores carimbaram recursos
do Fundo Social para esporte, aposentados
e educação pública
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA
O Senado beneficiou a Petrobras e as empresas integrantes dos consórcios a serem criados para explorar os
blocos do pré-sal ao deixar
de fora um artigo que aumentava de 10% para 15% a alíquota dos royalties.
Com a ajuda dos senadores, as petroleiras vão pagar
menos do que previram os
deputados federais, autores
do reajuste da alíquota aprovado em março na Câmara.
Na madrugada de quarta-feira, o Senado uniu em um
único projeto o modelo de
partilha e a criação do Fundo
Social para aplicar recursos.
Foi excluído do texto o reajuste dos royalties.
A disputa no Senado entre
representantes de Estados
produtores e não produtores
pela divisão dos recursos pagos pelas petroleiras fez com
que passasse despercebida a
mudança feita pela Câmara,
que volta a analisar o projeto
na próxima terça-feira.
Os deputados, no entanto,
não podem incluir nada,
apenas suprimir itens. Governistas acreditam que o
texto será mantido, inclusive
a nova divisão dos royalties e
outras alterações feiras pelas
oito emendas aprovadas.
Uma delas destina 5% dos
recursos do Fundo Social, espécie de poupança com recursos do pré-sal, para recompor perdas salariais de
aposentados e pensionistas.
Outra inclui esporte entre
as áreas beneficiadas com recursos e uma terceira reserva
50% para a educação pública
básica e superior.
As mudanças foram alvos
de críticas do presidente Lula, que ameaça vetar itens do
projeto como verbas carimbadas dentro do fundo.
Pelo regimento, o Congresso pode ainda derrubar eventuais vetos de Lula.
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