São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 2011

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ANÁLISE

Proposta mira além de um mero reajuste da tabela do fisco

GITÂNIO FORTES
EDITOR-ADJUNTO DE MERCADO

As medidas que o governo enviou ao Congresso para as micro e pequenas empresas miram além de um simples reajuste da tabela de valores para o acerto com o fisco.
A proposta divulgada nesta semana e a nova política de microcrédito, a ser lançada em breve, apontam para um "desafogo" do setor num cenário que deve seguir incerto por um bom tempo.
O mais recente levantamento do Banco Central sobre inadimplência nas instituições financeiras mostrou piora na qualidade das carteiras de quem empresta mais no cartão de crédito e de quem tem mais linhas com as micro e pequenas empresas.
A deterioração para empreendimentos menores vem desde o fim da gestão Lula, quando os juros passaram a subir e outras medidas de restrição ao crédito foram adotadas contra a inflação.
Ao elevar em 50% os limites de faturamento das empresas enquadradas no Supersimples, o governo tira um fator de pressão sobre as micro e pequenas, sobretudo aquelas com receita em expansão e que estariam fora do regime do Supersimples.
Se o governo conseguir o que quer, a renúncia fiscal pode até compensar. Empregos serão mantidos e tributos serão pagos de toda forma ao fisco. É dar com uma mão e receber com a outra.


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