São Paulo, sexta-feira, 12 de agosto de 2011

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Fusões e aquisições giram 18% menos

Operações movimentam R$ 75,3 bi no primeiro semestre; no mesmo período do ano passado, foram R$ 91,7 bi

Negociações entre companhias brasileiras são maior fatia; compra de empresas locais por estrangeiras aumenta

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

O volume financeiro das operações de fusão e aquisição anunciadas no Brasil no primeiro semestre de 2011 foi 18% menor que no mesmo período do ano passado.
O total, que considera ainda ofertas públicas de ações e reestruturações societárias, chegou a R$ 75,3 bilhões, de acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Entre janeiro e junho de 2010, a soma alcançou R$ 91,7 bilhões, desempenho recorde. O número de operações também caiu, de 75 para 73.
Mas, de um semestre para outro, aumentou a participação das aquisições entre empresas brasileiras no total, passando de 22,8% para 41,3%. Foram 30 operações (R$ 31,1 bilhões).
"Essa mudança é um reflexo da crise internacional, mas também do mercado interno do Brasil, que é forte", disse Bruno Amaral, presidente do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima.
"Acredito que esse 'perfil' de consolidação de companhias brasileiras deve se manter no segundo semestre, a não ser que o cenário de crise permaneça por vários meses, como em 2008", disse.
Já a compra de companhias estrangeiras por brasileiras perdeu espaço, saindo de 45,8% -percentual que Amaral definiu como "exceção" na série histórica- para 16,4%. A fatia referente à aquisição de grupos locais por outros do exterior cresceu de 18,6% para 25,2%.
"Com a crise, a avaliação das companhias fica mais baixa. Os preços menores aumentam o interesse de compradores, como fundos de 'private equity' [que investem em empresas]", afirmou.

TELECOMUNICAÇÕES
O setor de tecnologia da informação e telecomunicações foi o que mais se destacou, movimentando R$ 34,1 bilhões, ou 45,3% dos recursos, em nove operações.
Esse volume foi influenciado pela reestruturação societária das empresas controladas pela Telemar Participações, de R$ 20,8 bilhões.


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