São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 2011

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Diretor da ANP no governo FHC critica a interferência

DE SÃO PAULO
DE RIBEIRÃO


A interferência do governo na formação de preço dos combustíveis foi criticada ontem por David Zylbersztajn, ex-diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo) no governo FHC.
"A intervenção do governo é legítima quando há abusos decorrentes de formação de cartéis e situações anormais de mercado, o que não parece ser o caso", afirmou.
Para ele, "a formação artificial de preços" não é sustentável no longo prazo, pois provoca prejuízo às distribuidoras. "Se a margem das empresas é normal, praticar preços menores acaba gerando prejuízo a elas", disse.
O presidente da Unica (União das Indústrias de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank, afirmou que a determinação do governo não era necessária, pois os valores da gasolina e do etanol já vinham apresentando queda com o início da safra de cana.
"Já estava acontecendo [a retração nos preços], com forte queda nesta semana. Agora, acho que eles [governo] quiseram antecipar isso. Em vez de fazer descer de escada, mais lento, quiseram descer de elevador", disse.
Já o professor de planejamento da FEA/USP, Marcos Fava Neves, afirmou que a determinação do governo pode ajudar no controle da inflação, ponto crucial do governo hoje. "É importante [a medida] para equilibrar a defasagem nos preços, de alta rápida e queda lenta."


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