São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Em Luanda, capital de Angola, prato feito pode custar até R$ 64

AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO

Potência petroleira africana, Angola -nação com um dos maiores crescimentos do mundo- é um notável exemplo de como os preços de bens e serviços podem se tornar desproporcionais.
Um simples misto-quente, num boteco à beira-mar, por US$ 20 (R$ 32) e um prato feito por US$ 40 (R$ 64) são talvez sintomas de que algo esteja errado em Luanda, o município africano que é líder do ranking das cidades mais caras da consultoria Mercer.
O estupendo crescimento econômico angolano, depois de 27 anos de guerra civil que pode ter matado 500 mil pessoas, tem deixado marcas na economia do país.
A principal é a criação de uma classe social com maior poder aquisitivo, capaz de pagar US$ 500 mil (R$ 800 mil) num apartamento de cem metros quadrados, e outra, alheia a tudo isso, excluída da exuberante expansão econômica do país.
A infraestrutura precária e a necessidade de importar praticamente tudo tornam a inflação em dólar no país um problema para quem pretende investir.
Embora a moeda local seja o kwanza, a referência para os preços é a moeda norte-americana -ou os petrodólares, trazidos em quantidade a partir da grande exportação de petróleo do país.
Angola, integrante da Opep, produz tanto petróleo quanto o Brasil, embora tenha um grave problema de abastecimento de derivados para a população.
Negócios em Angola borbulham, mas, para quem precisa de uma temporada em Luanda, o custo é elevado.
A diária em hotéis na região periférica da capital, que seriam considerados apenas hospedarias no Brasil, pode custar US$ 280 (R$ 448).


Texto Anterior: Com estouro de bolha, Dubai perde 25 posições
Próximo Texto: Minas minimiza danos de mineradora de Eike
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.