São Paulo, sexta-feira, 13 de agosto de 2010

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Gap passa a vender pela internet para o Brasil

Iniciativa também inclui marcas como Banana Republic e Old Navy

Brasileiro, porém, está entre os que vão pagar mais tributos para importar roupas da marca norte-americana


David PaulMorris - 12.nov.02/Associated Press
Loja da Gap em San Francisco; marca mira cliente brasileiro

ÁLVARO FAGUNDES
DE SÃO PAULO

A Gap, uma das marcas de roupa mais conhecidas dos EUA, vai vender pela internet para o mercado brasileiro.
A comercialização para o Brasil faz parte de uma estratégia maior da empresa (dona de marcas como Banana Republic, Old Navy e Athleta e que também estarão disponíveis), que vai vender on-line para mais 54 países.
Porém, o próprio comunicado da Gap deixa claro a importância do Brasil, já que só o país, a Austrália e o México são citados entre os mercados que a companhia começa a atender.
A internacionalização do site da empresa ocorre em um momento em que as economias emergentes (como o Brasil) mostram estar em um melhor momento que a dos EUA, onde os consumidores continuam a cortar os gastos.
Mas alguns testes no site da empresa mostram que, como costuma acontecer nas vendas on-line internacionais, o brasileiro não vai pagar barato pelo produto.
Por exemplo, duas camisas que somam, nos EUA, R$ 183 chegam aqui por R$ 374,10 (pelo dólar de ontem). Os impostos e as taxas alfandegárias representam quase um terço do valor: R$ 117,20. O frete custa R$ 73,90 -e o valor é idêntico ao menos para Argentina, Chile, Suíça e África do Sul.
Nenhum consumidor desses quatro países paga mais tributos e taxas alfandegárias que o brasileiro. No mesmo exemplo das duas camisas, o suíço paga 84% menos que o brasileiro, enquanto o sul-africano, que é o que mais se aproxima, tem um valor 6% inferior.
O argentino arca com um valor de tributos que é menos da metade do que o brasileiro tem que enfrentar: R$ 51,80. E o chileno não fica com um valor tão distante (R$ 63,20).
A comparação feita no site da Gap repete o que ocorre nas vendas do Kindle (o leitor de livros eletrônicos da Amazon), em que o brasileiro é o que paga mais tributos para importá-lo entre 28 países.


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