São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 2011 |
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Zona portuária do Rio atrai investidores Grupo de investidores quer levantar R$ 15 milhões para comprar e reformar imóveis JANAINA LAGE DO RIO Encontrar um terreno barato e de fácil acesso na zona portuária do Rio não é mais tarefa exclusiva de grandes empresas e redes hoteleiras. Um grupo de pequenos investidores, formado por comerciantes, economistas, advogados e curiosos, mapeou a região em busca de sobrados de uso comercial para instalar lojas e restaurantes e atender a demanda futura de empresas e turistas. Abandonada há décadas, a zona portuária guarda parte da história do Rio. A região foi berço do Carnaval carioca e ponto de encontro de músicos como Pixinguinha. No limiar de uma revitalização, a mistura de decadência e boemia ainda assusta os potenciais interessados. Quem superou o temor encontrou bons preços. Marisa Fernandes, 38, e Olavo Fernandes, 43, compraram por R$ 110 mil um sobrado de dois andares. Donos da Casa Urich, restaurante no centro do Rio, querem investir em gastronomia. "Estamos reforçando a estrutura do imóvel. O perfil do novo restaurante vai depender do que ainda vai ocorrer no entorno", explica Marisa. Segundo Cláudio Castro, diretor da Sérgio Castro Imóveis, já é difícil encontrar imóveis nas melhores ruas por menos de R$ 250 mil. "É o único lugar onde ainda há espaço para crescer no centro da cidade", afirma. O abandono na região era de tal ordem que Castro chegou a criar uma lista de imóveis que não têm dono. É no nicho de imóveis de documentação enrolada que o tradutor público Andrei Winograd, 43, procura investir. Vislumbrando a expansão futura da região, o economista Antonio Quirino, 26, criou com mais dois sócios a Porto Investimentos e Participações. Eles estruturam sociedades de investidores interessados em comprar e reformar imóveis na região. A primeira delas reúne sete pessoas, entre advogados, engenheiros e arquitetos e captou R$ 500 mil. "Reunimos um clube de interessados em resgatar essa parte da cidade. Vamos escolher o que será feito em cada local." A principal referência é a recuperação de Puerto Madero, bairro nobre de Buenos Aires. O grupo já trabalha na estruturação de uma segunda sociedade no valor de R$ 15 milhões. Os projetos incluem desde a aquisição de sobrados até mesmo a de quarteirões inteiros. Texto Anterior: Guerra dos portos levou 771 mil empregos Próximo Texto: Fiesp quer alíquota de 4% entre Estados Índice | Comunicar Erros |
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