São Paulo, quinta-feira, 14 de abril de 2011

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Petrobras e Tereos anunciam produção de etanol em SP

Após pressão do governo, estatal e grupo francês investirão R$ 30 milhões em produção do combustível

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

A Petrobras Biocombustível e o grupo francês Tereos -controladores da Guarani- anunciaram investimentos de R$ 29,6 milhões na construção de uma fábrica de etanol em uma usina de Colina (406 km de São Paulo) que só produzia açúcar.
O anúncio vai na contramão da maioria dos investimentos na safra, voltados para o açúcar.
Na semana passada, o ministro Edson Lobão (Minas e Energia) convocou a a estatal para produzir mais etanol devido à alta histórica do etanol nos postos de combustíveis.
Por causa disso, o governo federal ameaça taxar a exportação de açúcar.
A nova fábrica deve começar a operar em 1º de junho com estimativa de fabricar até 107 milhões de litros de etanol por safra. Em 2010, a Guarani produziu 692 milhões de litros do combustível. Já a Petrobras ofertou 920 milhões de litros.
A Petrobras Biocombustível prevê destinar ao menos US$ 1,9 bilhão para investimentos no setor até 2015.
O objetivo, segundo o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, é consolidar a Petrobras no mercado de etanol.
Ele visitou as obras na companhia do presidente da Guarani, Jacyr Costa Filho, e abriu o início da safra numa cerimônia na Usina Andrade, em Pitangueiras (364 km de São Paulo).
Porém, ele evitou temas como o preço do combustível e o desabastecimento.

EXPANSÃO
A nova fábrica de etanol integra o plano de expansão da Guarani para os próximos quatro anos. Orçado em R$ 767,4 milhões, o projeto é financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A previsão é aumentar a capacidade de moagem de cana em 3,5 milhões de toneladas, atingindo 24,5 milhões por safra.
Já com relação aos recursos da Petrobras, Rossetto disse que os valores estão sendo revistos e que um novo número, "seguramente maior", será divulgado em maio.
"Nossa resposta é ampliar a produção de etanol, mas a Petrobras, isoladamente, não vai responder por toda a demanda".


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