São Paulo, segunda-feira, 14 de junho de 2010

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Imóveis de até R$ 250 mil dominam lançamentos

Segmento responde por 60% dos novos empreendimentos em SP, diz pesquisa

Projetos voltados para consumidores das classes baixa e média tornaram-se prioridade das construtoras

Sílvia Zamboni/Folhapress
Maria Ferreira no novo imóvel

MARIANA SALLOWICZ
DE SÃO PAULO

Os imóveis do segmento econômico já são maioria entre os lançamentos na região metropolitana de São Paulo e figuram entre as prioridades das construtoras.
Levantamento mostra que os residenciais de até R$ 250 mil representaram 60% dos lançamentos em 2009, ante 50% no ano anterior.
Os dados são da Inteligência de Mercado da Lopes, que considera segmento econômico essa faixa de preço. Há construtoras que adotam teto menor nessa classificação.
Segundo a pesquisa, somente até março deste ano foram lançadas 9.000 unidades desse segmento -a metade registrada em todo o ano de 2002, por exemplo. Em 2009, as construtoras colocaram no mercado 37 mil unidades nesse padrão.
"Grande parte dos esforços das empresas está voltada para esse mercado. As construtoras estão com seus holofotes nele", afirma o economista-chefe do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Celso Petrucci.
A Cyrela, por exemplo, criou a marca Living, em 2006, para atender a esse segmento e já projeta que, em dois anos, metade de seus ganhos virá por meio dela. O braço "econômico" da empresa irá representar neste ano até 40% dos lançamentos e das vendas.
"O alto e o médio padrões também estão crescendo, mas em escala menor", avalia o diretor-geral da Living, Antonio Guedes.
No primeiro trimestre, a Living vendeu R$ 411,5 milhões -236,9% mais que no mesmo período de 2009.
A Gafisa também entrou neste mercado com força, em 2008, com a compra da construtora Tenda. "Vamos lançar entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões em 2010, sendo que, desse volume, entre 40% e 45% virão da Tenda", diz Antônio Carlos Ferreira, diretor de incorporação da Gafisa.
A empresa aposta que no ano que vem a fatia da Tenda nos lançamentos totais poderá subir para 50%.

EM ALTA
A construtora Cury, que sempre atuou nesse segmento, tem visto o crescimento de suas vendas acelerar.
"Em 2008, foram R$ 130 milhões em imóveis vendidos e, no ano passado, R$ 450 milhões. Só nos cinco primeiros meses de 2010, foram mais R$ 170 milhões", diz o presidente Fábio Cury.
O economista-chefe do Secovi-SP diz que a mudança no perfil das empresas se intensificou em 2009, com a chegada do Minha Casa, Minha Vida -programa que dá incentivos para famílias com renda até R$ 4.650 comprarem a casa própria.


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