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Mercado de carbono já amadurece, afirma Bird
Desafio ainda é sistema transparente de preços
DA REUTERS
O mercado de carbono já
amadurece, após ter sido afetado pela crise financeira global, e irá sobreviver ao Protocolo de Kyoto, disseram funcionários do Bird (Banco
Mundial) e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em evento sobre o tema na BM&FBovespa.
"Infelizmente, as linhas
(de financiamento) de projetos verdes vêm dos mesmos
recursos do financiamento
regular", disse Christophe de
Gouvello, especialista do
Bird em sustentabilidade.
"Mas o crédito de carbono
está amadurecendo. Ele ainda é jovem, mas está ficando
adolescente", acrescentou.
Os projetos "verdes" aos
quais Gouvello se refere ajudam empresas a gerar créditos de carbono (exemplo: fabricante de embalagens propõe uso de biomassa de bambu, em vez do óleo, para geração de vapor), que podem
ser comprados por outras
empresas que precisam atingir metas de redução de
emissão de gases-estufa.
O Protocolo de Kyoto, adotado em 1997, estabelece metas para a redução das emissões em 37 países industrializados e na Comunidade Europeia. Mas o acordo expira
em 2012, e ainda não há outro
para substituí-lo, o que gera
incertezas entre investidores.
Para Gouvello, a presença
de dezenas de representantes de bancos no evento em
São Paulo é sinal do crescente interesse das instituições
financeiras em projetos do tipo. O Banco Mundial já disponibiliza um fundo de
US$ 5,7 bilhões para tecnologias "verdes".
Para Maria Netto, especialista em mudança climática
do BID, o mercado de carbono "irá além de 2012". Mas,
diz, um dos principais desafios ainda é encontrar um sistema transparente de precificação. A maior parte dos créditos é vendida em leilões
particulares, não em Bolsas.
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