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Acordo definitivo pode sair em nove meses, diz TAM
DE SÃO PAULO
O presidente da TAM Linhas Aéreas, Líbano Barroso, acredita que dentro de
nove meses o acordo entre a
chilena Lan e a brasileira
TAM deverá ser assinado. A
seguir, a entrevista.
Folha - A Lan comprou a
TAM?
Líbano Barroso - Não se
trata de aquisição nem fusão.
Fusão é transformar dois
CNPJs em um só. A identidade das duas empresas será
mantida.
Mas a Lan terá 70% da Latam...
Esse é o resultado da troca
acionária. Mas haverá um
acordo de acionistas onde direitos e obrigações serão distribuídos na razão de 50%. O
número de assentos no conselho será dividido nessa
proporção.
Isso não contraria o limite de
20% para estrangeiros?
As ações com direito a voto
da família Amaro na TAM garantem o controle, respeitando a lei. Os benefícios econômicos da TAM serão 100%
consolidados na Latam.
Se o limite de participação estrangeira subir para 49%, o
acordo muda?
Qualquer que seja a nova
realidade, cumpriremos com
todas as obrigações legais. E
a Latam continuará tendo todos os benefícios econômicos da Lan e da TAM.
O acordo assinado não fala
em prazos nem prevê multas.
O negócio pode não sair?
Queremos concluí-lo o
mais rápido possível. Temos
agora uma etapa de "due dilligence" [análise dos balanços das empresas] e esperamos que dentro de três meses
seja assinado um acordo vinculante. A expectativa é que
em mais seis a nove meses o
acordo seja concluído. Esse é
um negócio que tem valor,
muita sinergia e racionalidade econômica.
Como se dará, na prática, a
troca de ações?
Será feita uma oferta de
ações onde, simultaneamente, no mesmo dia e hora, a
TAM S.A. deixa de ter ações
na BM&FBovespa e ADRs em
Nova York e a Latam passará
a ter BDRs no Brasil, além de
ações no Chile e ADRs em Nova York.
(MB)
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