São Paulo, quarta-feira, 16 de junho de 2010

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Após três décadas, subúrbio do Rio volta a atrair lançamentos

DO RIO

Alvos de favelização e esvaziamento econômico, bairros da zona norte do Rio de Janeiro voltaram a receber, nos últimos anos, lançamentos imobiliários após quase três décadas.
Fora do mapa das construtoras, locais como Vila da Penha, Benfica, Parada de Lucas, Madureira, Pavuna, entre outros, ganharam empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida.
"Já havia a tendência, mas o programa acelerou muito os lançamentos no subúrbio", diz Rogério Chor, presidente da Ademi (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário).
Para Marcos Saceanu, diretor da construtora CHL (uma das líderes no Rio), como os bairros já possuíam infraestrutura de transporte, comércio e serviços, os moradores não queriam sair deles.
"O problema era o acesso ao financiamento."
Grandes construtoras se interessaram pela zona norte. A Rossi lançou 1.100 unidades do Minha Casa, Minha Vida e 1.500 fora do programa. A Tenda, marca popular da Gafisa, empreendeu 1.600 novas unidades entre 2009 e abril deste ano na região.
A Living (braço popular da Cyrela) comprou terrenos no subúrbio e em cidades do Grande Rio como Belford Roxo, Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Pretende erguer 10 mil novas unidades nos próximos 12 meses pelo Minha Casa, Minha Vida.
A construtora já colocou no mercado quatro empreendimentos com esse perfil no Rio de Janeiro.
Segundo Marco Adnet, diretor da Rossi, o Rio se expandiu no eixo da orla, onde não há mais terrenos disponíveis -o que explica o elevado custo dos imóveis na zona sul.
"Foram quase 30 anos de desinvestimento no subúrbio, região que voltou a ser atrativa", diz. (PS)


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