São Paulo, sábado, 16 de julho de 2011

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VAIVÉM

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Exportação brasileira de leite recua 31% no ano; importação cresce 87%

As exportações de leite e de derivados tiveram forte recuo no primeiro semestre. Já as importações voltaram a subir de forma acelerada.
De janeiro a junho, as vendas externas do setor somaram US$ 45 milhões, 31% menos do que em igual período anterior. As importações subiram para US$ 277 milhões, com evolução de 87% no período.
O dólar desvalorizado se torna um convite às importações e diminui a competitividade dos produtores nacionais no mercado. Se o ritmo dessas compras externas continuar acelerado, a perda de competitividade e os custos internos elevados vão afetar a produção nacional.
Os dados são da Secex, que mostra ainda recuo nas vendas externas de queijos. No primeiro semestre deste ano, as vendas externas de queijo renderam US$ 7,4 milhões aos produtores nacionais, 16% menos do que em 2010. As importações subiram para US$ 75 milhões, com evolução de 97%.
A Argentina é o grande fornecedor de produto ao Brasil. As vendas de leite e de derivados feitas pelo país vizinho ao Brasil somaram US$ 159 milhões no primeiro semestre, 70% dos gastos totais dos brasileiros neste setor.
Dois produtos se destacam na pauta de exportações dos argentinos: leite em pó e queijos. Os gastos brasileiros com importações de leite em pó dos vizinhos subiram 45% neste primeiro semestre, atingindo US$ 66 milhões. Já os gastos brasileiros com queijo foram a US$ 46 milhões, 149% mais que de janeiro a junho do ano passado.

Fundos voltam às compras

Os fundos de investimentos voltaram às compras no mercado futuro agrícola. Os dados divulgados ontem pelo CFTC -órgão americano que controla as operações nesse mercado- indicam que os contratos futuros de posse dos fundos somavam 28,2 milhões de toneladas de soja no dia 12, um volume 12% maior que a posição de uma semana antes.
Já no mercado de milho, a posição dos fundos subiu para o correspondente a 58,7 milhões de toneladas no mesmo período, 5% mais do que na semana anterior.
Os fundos voltam ao mercado após terem reduzido o volume de negócios aos menores patamares dos últimos 12 meses, segundo Daniele Siqueira, analista da AgRural.
Eles voltam em um momento em que a safra dos EUA entra em um período de alerta devido ao clima seco. A volta dos fundos dá sustentação aos preços.

Geada faz feijão perder produtividade

As recentes geadas ocorridas em lavouras de feijão do Paraná e de São Paulo deverão provocar perda no potencial produtivo da cultura nessas regiões.
O plantio da terceira safra terminou e algumas lavouras estão prontas para a colheita.
A oferta de feijão novo, no entanto, será pequena nas próximas semanas, diz o analista Vlamir Brandalizze.

Álcool cai na usina, mas sobe no posto

O preço do álcool voltou a cair nas usinas, mas mantém alta nos postos de São Paulo.
Pesquisa da Folha indicou que o litro foi a R$ 1,865 em média nesta semana, 0,54% mais que na anterior.
Nas usinas, o hidratado caiu para R$ 1,331, com recuo de 0,13% na semana. O anidro também foi negociado a valores menores: R$ 1,2896 por litro,comquedade0,51%.

Com KARLA DOMINGUES


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