|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Exportação brasileira de leite recua 31% no ano; importação cresce 87%
As exportações de leite e de derivados tiveram forte recuo no primeiro semestre. Já as importações voltaram a subir de forma acelerada.
De janeiro a junho, as vendas externas do setor somaram US$ 45 milhões, 31% menos do que em igual período anterior. As importações subiram para US$ 277 milhões, com evolução de 87% no período.
O dólar desvalorizado se torna um convite às importações e diminui a competitividade dos produtores nacionais no mercado. Se o ritmo dessas compras externas continuar acelerado, a perda de competitividade e os custos internos elevados vão afetar a produção nacional.
Os dados são da Secex, que mostra ainda recuo nas vendas externas de queijos. No primeiro semestre deste ano, as vendas externas de queijo renderam US$ 7,4 milhões aos produtores nacionais, 16% menos do que em 2010. As importações subiram para US$ 75 milhões, com evolução de 97%.
A Argentina é o grande fornecedor de produto ao Brasil. As vendas de leite e de derivados feitas pelo país vizinho ao Brasil somaram US$ 159 milhões no primeiro semestre, 70% dos gastos totais dos brasileiros neste setor.
Dois produtos se destacam na pauta de exportações dos argentinos: leite em pó e queijos. Os gastos brasileiros com importações de leite em pó dos vizinhos subiram 45% neste primeiro semestre, atingindo US$ 66 milhões. Já os gastos brasileiros com queijo foram a US$ 46 milhões, 149% mais que de janeiro a junho do ano passado.
Fundos voltam às compras
Os fundos de investimentos voltaram às compras no mercado futuro agrícola.
Os dados divulgados ontem pelo CFTC -órgão americano que controla as operações nesse mercado- indicam que os contratos futuros de posse dos fundos somavam 28,2 milhões de toneladas de soja no dia 12, um volume 12% maior que a posição de uma semana antes.
Já no mercado de milho, a posição dos fundos subiu para o correspondente a 58,7 milhões de toneladas no mesmo período, 5% mais do que na semana anterior.
Os fundos voltam ao mercado após terem reduzido o volume de negócios aos menores patamares dos últimos 12 meses, segundo Daniele Siqueira, analista da AgRural.
Eles voltam em um momento em que a safra dos EUA entra em um período de alerta devido ao clima seco. A volta dos fundos dá sustentação aos preços.
Geada faz feijão perder produtividade
As recentes geadas ocorridas
em lavouras de feijão do
Paraná e de São Paulo deverão
provocar perda no potencial
produtivo da cultura nessas
regiões.
O plantio da terceira safra
terminou e algumas lavouras
estão prontas para a colheita.
A oferta de feijão novo, no
entanto, será pequena nas
próximas semanas, diz o
analista Vlamir Brandalizze.
Álcool cai na usina, mas sobe no posto
O preço do álcool voltou a
cair nas usinas, mas mantém
alta nos postos de São Paulo.
Pesquisa da Folha indicou
que o litro foi a R$ 1,865 em
média nesta semana, 0,54%
mais que na anterior.
Nas usinas, o hidratado
caiu para R$ 1,331, com recuo
de 0,13% na semana. O anidro
também foi negociado a
valores menores: R$ 1,2896
por litro,comquedade0,51%.
Com KARLA DOMINGUES
Texto Anterior: Análise: Brasil ainda tem dependência perigosa no agronegócio Próximo Texto: Embraer lança primeira fábrica nos EUA Índice | Comunicar Erros
|