São Paulo, domingo, 16 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Após demissão, ex da Siemens quer abrir consultoria

Engenheiro elétrico de formação, executivo afirma que país vive absoluta falta de mão de obra qualificada

Afastado sob suspeita de desvio de € 6,5 mi da empresa alemã, Adilson Antonio Primo nega irregularidades

Mastrangelo Reino - 10.nov.09/Folha Imagem
Adilson Antonio Primo, ex-presidente da Siemens no Brasil

VENCESLAU BORLINA FILHO
DE SÃO PAULO

Após ser sumariamente demitido por "grave violação" das diretrizes da empresa, o ex-presidente da Siemens no Brasil Adilson Antonio Primo, 58, deve seguir carreira como consultor nas áreas empresarial e de infraestrutura, disse em entrevista à Folha.
"Uma consultoria poderia ser algo interessante. Estamos com uma absoluta falta de mão de obra qualificada. Então acho que a pessoa que tem a experiência que eu tenho pode entrar numa área de consultoria", afirmou.
Engenheiro elétrico de formação, Primo é suspeito de desviar € 6,5 milhões da empresa alemã. Ele nega a irregularidade e atribui a demissão à quebra de confiança por não ter agido de acordo com as diretrizes da empresa.
"A quebra de confiança é um tema interno da empresa e não posso mencioná-lo, mas não é nada que remeta a outras suspeitas. Saio com a sensação de dever absolutamente cumprido, de ter sido ético e ter passado isso a todos os meus funcionários e no mercado geral", disse.
Primo afirmou que o caso não pesa contra sua carreira e que suas ações na empresa o fizeram reconhecido no mercado. "Considero-me um profissional extremamente bem-sucedido e reconhecido."
Sob Primo, 35 anos de Siemens, sendo os últimos dez no mais alto cargo executivo no país, a empresa se tornou quatro vezes o que era e alcançou receita de € 1,8 bilhão e novas encomendas de € 2,1 bilhões no ano fiscal de 2010.
Porém, segundo a companhia, uma investigação interna revelou irregularidades ocorridas antes de 2007, quando estourou o maior escândalo de propina da história da multinacional, escancarado pelo presidente-executivo global, o austríaco Peter Löscher. No lugar de Primo, a empresa nomeou o também engenheiro elétrico Paulo Stark, 42. Ele já vinha sendo preparado para o cargo, mas foi chamado às pressas e viajou na terça para a Alemanha a fim de receber orientações.


Texto Anterior: Obras na Amazônia atraem 7 'trens-bala'
Próximo Texto: Saída pelo Norte vira nova opção ao porto de Santos
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.