São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

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Brasil é o quarto em arquivos piratas de jogos, diz entidade

Associação nos EUA levou queixa formal ao governo do país

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

A pirataria de jogos pela internet no Brasil é uma das grandes preocupações dos fabricantes de videogames nos EUA.
Pelo levantamento da Associação do Software de Entretenimento (grupo que reúne empresas como Ubisoft, Electronic Arts e Nintendo), as conexões em redes p2p (usadas para o compartilhamento de arquivos pela web) com trocas ilegais de arquivos e endereços de provedor localizados no Brasil totalizaram 9,2 milhões em 2010.
O país só ficou atrás da Itália, da China e da Espanha em total de conexões com troca de jogos piratas.
"A nossa indústria continua a crescer nos EUA, mas níveis epidêmicos de pirataria on-line travam as vendas e o avanço em vários países, incluindo Itália, China, Espanha, Brasil e França", disse, em nota, o presidente da associação, Michael Gallagher.
Além da pirataria on-line (via programas como eMule), o setor reclama da falta de fiscalização para combater a venda de produtos ilegais na rua e as modificações nos consoles -que permitem que eles rodem jogos piratas.
A estimativa é que até 95% dos consoles no Brasil tenham sido alterados para aceitar jogos piratas.
Segundo a associação americana, as taxas e os impostos são um "incentivo" para a indústria ilegal e chegam quase a triplicar o preço de um jogo legal em relação ao produto contrabandeado.
A pirataria em games foi um dos motivos apresentados anteontem pela IIPA (entidade que reúne empresas do setor de direitos autorais, como gravadoras e jornais) para que o governo dos EUA mantenha o Brasil na lista de países que não respeitam a propriedade intelectual.


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