São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 2011

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Antes fonte de lucro, telefone de quarto dá prejuízo a hotéis

Hóspedes passaram a usar seus celulares para as ligações externas, diz consultor

DA REUTERS, EM NOVA YORK

De meados da década de 1980 até o início da de 1990, os telefones instalados nos quartos geravam cerca de 2% dos lucros dos hotéis, que cobravam a maior taxa legalmente permitida, informa o consultor da indústria de hospedagens Ted Mandigo.
Mas, agora, um hotel gasta US$ 3 para cada US$ 1 gerado por telefones fixos nos quartos, já que os hóspedes passaram a usar seus celulares.
Esse aparente anacronismo custoso não pode ser evitado, devido à necessidade de serviços de segurança e comodidade dos hóspedes, diz Bjorn Hanson, professor do Centro Tisch para a Gestão de Hospedagem, Turismo e Esportes da Universidade de Nova York.
"Estamos presos a eles", diz David Kong, executivo-chefe da rede hoteleira Best Western, que mantém mais de 4.000 hotéis pelo mundo.
Afinal, hóspedes utilizam os telefones dos hotéis se precisam pedir serviço de quarto, chamadas como despertador e necessidades de emergência.
Mas esses mesmos hóspedes utilizam seus celulares para a maior parte das ligações externas.
"Nunca usei um telefone de hotel", diz por exemplo o parisiense François Genow, 23, enquanto fotografava na região de Times Square, em Nova York.
Em Nova York, há uma taxa de cerca de US$ 1,50 para fazer uma ligação local a partir de um hotel, que também pode cobrar uma taxa de cerca de US$ 4 para conectar-se a uma operadora de longa distância.

ADAPTAÇÃO
Ao menos, o hóspede que decide usar o telefone do quarto pode frequentemente fazer isso a partir da cama ou da mesa, já que instalar telefones múltiplos é barato uma vez que o sistema esteja no local, diz o consultor Ted Mandigo.
Como adaptação, hoje, muitas grandes redes de hotéis estão explorando aplicativos para smartphones que hóspedes poderiam usar para pedir serviço de quarto e chamadas-despertador, diz Hanson, da Universidade de Nova York.
Mas essas são ainda experiências preliminares.
A próxima fonte de lucros do quarto de hotel a desaparecer deverão ser os filmes "pay-per-view".
Os hóspedes poderão trocar o "pay-per-view" por opções mais econômicas em seus laptops, acrescenta Mandigo.


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