|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Portugueses negam a venda da Vivo à Telefónica
Portugal Telecom pede mais prazo até encontrar alternativa à Vivo, que responde por 46% de sua receita
DE SÃO PAULO
Os espanhóis venceram a
Copa e perderam a disputa
pela Vivo. Ontem, a PT (Portugal Telecom) disse que não
tem como decidir a venda de
sua participação na Vivo à
Telefónica no prazo dado pelos espanhóis.
Por isso, decidiu negar a
oferta da companhia espanhola mantendo a parceria
com a Telefónica na Vivo.
Mas a PT sinalizou que continua aberta à negociação, caso os espanhóis mantenham
a proposta por mais tempo.
A Telefónica diz ter chegado ao limite e pode recorrer a
uma corte de arbitragem para a dissolução da parceria
com a PT na Vivo. Ambas são
sócias com 30% de participação na companhia.
Com a arbitragem, a Telefónica pretende desfazer a
sociedade e, depois, comprar
ações da Vivo até atingir o
seu controle (50% mais uma
ação). Há chances de que essa estratégia dê errado, obrigando as duas empresas a
negociarem novamente.
O imbróglio começou em
maio, quando a Telefónica
ofereceu 5,7 bilhões pela
parcela da PT na Vivo. A proposta passou para 6,5 bilhões e, às vésperas da votação pelos acionistas da PT, subiu para 7,15 bilhões.
Em 30 de junho, 74% dos
acionistas da PT decidiram-se pela venda da Vivo, mas o
governo impediu o negócio
usando sua "golden share"
(ação com poder de veto).
O uso desse tipo de ação
foi julgado na semana seguinte pela Corte Suprema
da União Europeia e, por isso, a Telefónica decidiu estender o prazo de sua proposta pela Vivo até ontem.
Representantes das duas
empresas afirmam que o governo português vetou porque não quer abrir mão da Vivo, que representa 46% das
receitas da PT, sem encontrar
uma alternativa.
A fusão com a Oi seria uma
possibilidade levantada pelo
governo português. Os acionistas propuseram vender a
Vivo e, depois da fusão da Vivo com a Telefônica (fixa), a
PT entraria como sócia na nova empresa.
O governo não aceitou e
está sendo ameaçado de processo pelos minoritários.
(JULIO WIZIACK)
Texto Anterior: Lançamentos Próximo Texto: 3G: TIM deixa de vender planos ilimitados de internet móvel Índice
|