São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

BB lucra 26% mais apesar de concorrência alta

BB comemora manutenção de liderança em meio à agressividade de Itaú e Bradesco

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Maior instituição financeira brasileira, o Banco do Brasil apostou no aquecimento da economia, reduziu a inadimplência e elevou seus ganhos no primeiro semestre.
O banco, que atuou como indutor do destravamento do crédito ainda em 2009, conseguiu manter sua posição de liderança e crescer no crédito em ritmo superior a Itaú Unibanco e Bradesco.
No BB, a carteira de empréstimos chegou em inéditos R$ 326,5 bilhões em junho -29,3% mais do que em junho do ano passado. No Bradesco e no Itaú, as carteiras atingiram R$ 263,5 bilhões e R$ 208,6 bilhões -salto 12,4% e 16,3% maiores do que em junho de 2009.
O BB encerrou a safra de balanços dos bancos com lucro de R$ 5,1 bilhões no semestre (+26,5%), atrás de Itaú Unibanco e à frente de Bradesco, que lucraram R$ 6,4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, respectivamente.
Por outro lado, o BB abriu espaço sobre a concorrência como instituição de maior rentabilidade patrimonial, indicador de retorno ao acionista, de 28,7% -Bradesco teve rentabilidade de 23,2%, e Itaú, de 20,4%, segundo a consultoria Austing Rating.
O presidente do BB, Aldemir Bendine, afirma que a instituição sentiu um acirramento da concorrência, mas manteve uma participação de mercado de 20,1% no crédito ganha à época da crise -em junho de 2009, a participação era de 18,8%.
"De fato, ocorreu esse acirramento, mas a gente comemora o fato de que mantivemos a participação de mercado. Se a gente conseguir manter isso até o fim do ano, vai ser uma grande vitória."
O BB planeja investir pesado no financiamento de imóveis. O banco tem como meta se tornar o terceiro maior financiador da casa própria em três anos, atrás de CEF e de Itaú Unibanco.
Segundo Paulo Caffarelli, vice-presidente de varejo, a ideia é elevar a carteira de R$ 2,1 bilhões para R$ 3 bilhões até o final deste ano.

FOLHA.com
Ouça análise do repórter sobre o lucro dos bancos
folha.com/mm783942


Texto Anterior: BB e Caixa privilegiam dez empresas
Próximo Texto: Análise: Bom clima econômico do país provoca boa safra de balanços
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.