DO RIO
DE BRASÍLIA

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que a empresa não passa por problemas de caixa. Segundo ele a capitalização servirá para reduzir o endividamento da companhia, que já representa 34% do patrimônio líquido. A estatal tem como meta manter o nível de endividamento entre 25% e 35%.
"O problema da capitalização não é necessidade de dinheiro para atender necessidade de caixa no curto prazo. A capitalização é a melhoria de estrutura de capital da empresa para que ela possa aumentar a dívida", disse, citando que a Petrobras tem R$ 24 bilhões disponíveis.
Sobre a postergação da capitalização, Gabrielli evitou o assunto e se limitou a dizer que não trabalha com a hipótese. A Petrobras estipulou setembro como limite para iniciar o processo.
Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia a possibilidade de adiar a capitalização da Petrobras para depois do resultado final da eleição presidencial, conforme revelou a Folha.
Já o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou ontem que o governo espera concluir a capitalização até o dia 30 de setembro. De acordo com o ministro, o cronograma é apertado, mas possível.
"Nós estamos tentado manter o cronograma que estava previsto. Por enquanto, dá para manter", afirmou, após reunião com Lula, em Brasília.


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