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TAM cobra por assento na saída de emergência
Companhia amplia cobrança por poltronas do avião com mais espaço
Gol também estuda venda do assento e pretende comercializar serviço extra de bordo em 500 voos em 2011
VERENA FORNETTI
MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
As companhias aéreas ampliam a cobrança por serviços que eram oferecidos de
graça. A partir de hoje, a TAM
venderá os assentos das primeiras filas e da área de
emergência em 22 voos nacionais e internacionais. A
Gol estuda, no ano que vem,
expandir os trechos em que
vende serviço de bordo extra.
As poltronas da saída de
emergência e também as da
primeira fila, que oferecem
mais espaço para as pernas,
começaram a ser vendidas
pela TAM em fevereiro deste
ano, em projeto piloto, em sete rotas internacionais.
O preço era US$ 50 (R$ 87).
Os custos foram reajustados
e de hoje em diante começam
a variar de US$ 30 (R$ 52,20)
a 50 (R$ 137,08).
A partir de agosto, a opção
passou a ser testada em voos
nacionais, em seis rotas partindo do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. Hoje, a
empresa começa a vender o
serviço adicional do aeroporto paulista para outros oito
destinos no Nordeste, totalizando 15 rotas nacionais com
a opção do assento à venda.
O chamado "Assento Conforto" custa a partir de R$ 10
nos voos domésticos.
"As pessoas estão pedindo, já virou objeto de desejo
no mercado internacional",
diz o presidente da TAM, Líbano Barroso. Ele diz que o
plano é ampliar a cobrança
para todos os voos domésticos da companhia.
Preferencialmente, os primeiros assentos do avião devem ser reservados para
clientes com prioridade: gestantes, famílias com crianças
e pessoas com dificuldade de
locomoção. Esses passageiros não pagam nada a mais
para sentar nessas poltronas.
Já os assentos na saída de
emergência só podem ser
vendidos para clientes que se
sintam aptos a operá-las. A
companhia não vende o "Assento Conforto" pela internet. Só na hora do check-in.
A cobrança por assentos
diferenciados é permitida pela legislação brasileira. As
empresas também podem
vender serviço de bordo -a
oferta de refeições ou petiscos a bordo não é obrigatória
para voos domésticos.
CONCORRENTES
A cobrança por serviços
adicionais nos voos é prática
comum das companhias aéreas europeias e americanas.
Com a crise global, as companhias americanas passaram a cobrar pela segunda
bagagem e reduziram drasticamente os serviços de bordo. Entre as empresas de baixo custo, já há quem estude
cobrar até pelo uso do banheiro. É o caso da RyanAir.
No Brasil a estratégia é
pouco utilizada, embora esteja se ampliando.
A Gol diz que a cobrança
pelo assento da saída de
emergência está em estudo,
mas não há nenhuma previsão quanto à implementação
da cobrança extra.
Por ora, a companhia se
concentra na ampliação da
oferta de lanches vendidos a
bordo, que a partir do ano
que vem deverão ser oferecidos em cerca de 500 voos.
Hoje eles estão disponíveis
em apenas 50.
Nos trechos em que os lanches extras são vendidos pela Gol, a companhia continua oferecendo de graça os
petiscos e bebidas que serve
tradicionalmente.
A Azul cobra preços diferenciados para os assentos
das primeiras cinco fileiras
da aeronave, configuradas
com uma distância maior do
que no resto do avião.
O preço mínimo é R$ 30, e
o serviço é oferecido em todas as rotas da empresa. Segundo a Azul, não há projeto
para cobrar também pelo assento na área de emergência.
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