São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2010

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UE diz estar pronta, mas Irlanda não pede ajuda

Indefinição no país e possível controle de preços na China afetaram mercados

Nos EUA, Dow Jones recuou 1,59%; índice da Bolsa da Alemanha caiu 1,87% e FTSE100 teve uma queda de 2,38%

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As autoridades europeias disseram que estão prontas para resgatar a Irlanda, mas que os representantes do país não pediram ainda um pacote de ajuda financeira.
As declarações foram feitas em Bruxelas após a reunião dos ministros das Finanças da zona do euro, em que se esperava que fosse anunciado um plano para a Irlanda, sob dúvidas em relação à capacidade de manter suas contas em dia.
Para o comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, a situação da Irlanda é "o nosso desafio mais urgente hoje". Teme-se que a crise irlandesa se alastre para países como Portugal, Grécia e Espanha.
Ele disse que foi decidido intensificar as conversas entre FMI, Banco Central Europeu, Irlanda e União Europeia, mas que seria "prematuro" revelar detalhes.

TEMOR NAS BOLSAS
Ontem, as Bolsas no mundo caíram em razão da definição sobre o país.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones recuou 1,59%. O principal índice da Bolsa da Alemanha caiu 1,87% e o FTSE100, de Londres, teve queda de 2,38%.
No Brasil, a Bovespa registrou retração de 1,67%.
Além das dúvidas em relação à Irlanda, influenciou negativamente o mercado a notícia de que o governo chinês prepara medidas para conter os preços no país. A informação foi publicada em jornal oficial da China.

DEFICIT
A Irlanda teve deficit de 14% do PIB em 2009, e a expectativa é que neste ano ele supere os 30%, por causa do socorro aos bancos.
Com todas as incertezas rondando o país, analistas afirmam que cresce a chance de que a Irlanda seja o primeiro país a acessar o fundo de 750 bilhões (aproximadamente R$ 1,7 trilhão) criado pela União Europeia e pelo FMI em maio para financiar governos europeus.
A instabilidade política no país também preocupa os economistas. Os irlandeses têm protestado contra cortes de gastos do governo e ameaça de aumento de contribuições.


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