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Petrobras amplia alcance de capitalização a R$ 134 bi
Mercado vê sinalização de que o Fundo Soberano evitará encalhe de ações
Adesão dos atuais acionistas e de fundo estrangeiro decepciona coordenadores da captação no mercado
TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
PEDRO SOARES
DO RIO
A Petrobras respondeu ontem aos rumores de que sua
oferta de ações pode micar
entre os investidores estrangeiros elevando o número de
papéis da capitalização.
Agora, a operação pode
atingir inéditos R$ 134 bilhões -até então, chegaria
R$ 124 bilhões, dependendo
do preço das ações.
O conselho da Petrobras
balizou sua decisão na grande procura pelos papéis, detectada no "road show" que a
companhia faz no exterior.
No mercado, porém, a mudança foi vista como sinalização de que o Fundo Soberano
poderá entrar com dinheiro
caso as ações "encalhem".
Também possibilita que a
estatal mantenha um nível
elevado de captação mesmo
que o preço das ações desabe
mais. Na semana, os papéis
PN (sem voto) caíram 3,92%.
Os estrangeiros relutam
em aderir à oferta por conta
do custo alto e dos riscos da
operação no pré-sal.
Na quinta, terminou o período de reserva para os
atuais acionistas comprarem
os papéis sem rateio.
Com exceção dos pequenos investidores, que teriam
entrado em peso, a adesão
dos demais decepcionou.
Se isso se confirmar, o governo pode comprar todas as
sobras de ações destinadas
aos atuais acionistas, ampliando a sua participação.
O problema é que não entra dinheiro para viabilizar
investimentos no pré-sal.
"O governo está dizendo
que, se os investidores não
colocarem dinheiro, ele coloca. Diminui o risco de não ter
dinheiro para o pré-sal e ter
de fazer outra oferta", disse
Ricardo Almeida, economista do Insper (antigo Ibmec).
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