São Paulo, sábado, 18 de dezembro de 2010

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E EU COM ISSO?

Novas usinas não reduziram preço da energia

DE SÃO PAULO

A contratação de quatro Itaipus em nova capacidade de geração pode dar ao país mais segurança para o abastecimento. Mas há uma questão que o atual modelo ainda não conseguiu resolver: a redução das tarifas.
Embora o país tenha 71% da geração de energia por hidrelétricas, as tarifas aqui se equiparam às de países que usam grande volume de energia gerada por usinas térmicas.
Na literatura do setor elétrico, fontes hidrelétricas, em regra, contribuem para níveis tarifários menores.
Enquanto no Brasil o KW/h custa cerca de R$ 0,35 a R$ 0,40, a energia em algumas regiões do Canadá (um país hidrelétrico como o Brasil) tem valor de R$ 0,21 por KW/h.
Parte do setor elétrico atribui isso ao fato de o país ter uma carga de impostos e encargos sobre a conta de luz de 45%.
Roberto Pereira d'Araujo, especialista em regulação do setor, afirma que a carga de impostos sobre o mercado de energia de fato é alta, mas ele aponta um outro fator para esse problema: a privatização na atividade.
No livro "Setor Elétrico Brasileiro - Uma Aventura Mercantil", ele aponta que a mudança conceitual feita no governo Fernando Henrique pode ser a causa dessa alta das tarifas.
Na ocasião, o Brasil mudou o modelo de energia pelo custo para defini-la a partir do mercado (na chamada regulação por incentivo). (AB)


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