São Paulo, terça-feira, 19 de abril de 2011 |
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ANÁLISE Avanço no país é animador, embora ainda seja tímido LUIZ PINGUELLI ROSA ESPECIAL PARA A FOLHA Entre as fontes primárias convencionais de energia no Brasil, destacam-se o petróleo, o gás natural e a hidroeletricidade -objeto de críticas, embora seus reservatórios tenham sido reduzidos. O carvão é pouco usado, exceto na siderurgia. Nas fontes alternativas, ganharam importância os biocombustíveis, especialmente o álcool, também alvo de polêmica, acusado de competição com alimentos e de contribuir para o desmatamento. A energia eólica cresceu após o último leilão, seu custo caiu e é promissora. O uso da energia solar é pequeno, mesmo para aquecimento. Entre as fontes não renováveis, a energia nuclear, que representa 3% da potência elétrica brasileira, é a única que não emite gases do efeito estufa. Entretanto, inspira preocupação o acidente em curso com os reatores japoneses em Fukushima. A participação das fontes renováveis no Brasil é de 47%, enquanto no mundo esse percentual é de 13% e, nos países da OCDE, é de 6%. No mundo, os combustíveis fósseis somam 75%, com o petróleo à frente. Em nove anos o preço do petróleo foi multiplicado por 14. O preço do barril do óleo cru em 1999 era US$ 10, mas em 2008 beirou US$ 140. Caiu a menos de US$ 50 para voltar a subir, chegando a US$ 120 em abril. Fatores contribuíram na questão do petróleo. Houve previsão de queda da produção, embora tenha havido descoberta do pré-sal aqui. A alta do consumo nos países em desenvolvimento foi puxada pela China. A instabilidade no Oriente Médio, área produtora, foi evidenciada pela ocupação do Iraque. Ocorrem agora rebeliões nos países árabes. Por sua vez, o efeito estufa tornou-se um grande problema político. O Brasil assumiu, na Conferência de Copenhague, o compromisso de reduzir suas emissões previstas para o ano de 2020. Considero animador o avanço da energia eólica, complementar à hidrelétrica, embora ainda tímido em relação ao potencial brasileiro. Também é alvissareiro o aumento do consumo do álcool nos automóveis, embora afetado pela crise da produção do etanol em 2011, que reduziu sua participação. LUIZ PINGUELLI ROSA é diretor da COPPE (programa de pós-graduação em engenharia) da UFRJ Texto Anterior: Commodities: Eólicas têm R$ 25 bi em investimentos Próximo Texto: "É o mercado mais promissor do mundo" Índice | Comunicar Erros |
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