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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Dobra a chance de calote
de europeus, afirma estudo
O temor da crise da dívida
europeia se acentuou tanto
no segundo trimestre que, na
visão do mercado, dobraram
as chances de alguns dos países do bloco darem calote.
São os casos de Portugal,
Espanha e Grécia, países que
estão no centro da crise e hoje são vistos como propensos
a dar calote na sua dívida.
Pelo estudo da CMA DataVision, a chance de a Grécia
dar calote nos próximos cinco anos supera os 50%, batendo até a da Argentina.
No terceiro trimestre do
ano passado, quando as discussões sobre a dívida europeia ainda não haviam começado, a possibilidade de um
calote grego era de 10%.
Situação parecida ocorre
com Portugal, que hoje é visto como o nono mais arriscado (com 23,6% de chance de
calote), e, no terceiro trimestre de 2009, estava entre os
mais confiáveis, com 5%.
A percepção de risco é baseada no preço de negociação dos CDS ("credit default
swaps", papéis que são uma
espécie de proteção contra
calotes) dos títulos soberanos desses países.
A possibilidade de um calote brasileiro subiu (de 9%,
de janeiro a março, para
9,4%, no segundo trimestre),
porém, o país caiu da 31ª para a 39ª posição entre os mais
arriscados, em uma lista que
abrange 70 nações.
OPERADORAS NA BERLINDA
Cerca de 65% dos clientes
de telefonia celular no Brasil
gostariam de mudar de operadora por considerarem que
as concorrentes oferecem
melhor custo-benefício.
Apesar da intenção, a migração ainda é pequena. "Isso se deve aos planos de fidelização e à preguiça dos consumidores", afirma Sandro
Cimatti, diretor da CVA Solutions, empresa responsável
pelo levantamento.
A pesquisa foi realizada
com 7.200 consumidores e
comparou as principais operadoras do mercado nacional, como Vivo, Oi, Claro e
TIM. A Vivo possui maior capacidade de retenção de
clientes, apesar de ter o
maior custo. O setor brasileiro de telefonia é um dos mais
mal-avaliados do mundo, de
acordo com Cimatti. A CVA
realizou o mesmo levantamento em diversos países.
PIPOCA EM CASA
A locadora on-line NetMovies, do grupo Ideiasnet,
investe neste segundo semestre na ampliação da
atuação geográfica e na
oferta de serviços.
A empresa, que atende
seis Estados (SP, RJ, MG,
PR, SC e RS), passará a fazer
entregas na Bahia e no Distrito Federal -além de expandir as cidades de atuação nos Estados já presentes. "As pessoas continuam
gostando de assistir a filmes
em casa. E estão exigindo
uma conveniência maior",
diz Daniel Topel, fundador
e presidente da NetMovies.
A companhia lançará um
novo modelo de negócios
com a cobrança de assinatura que permitirá aos clientes assistirem aos filmes on-line. "A banda larga no Brasil está melhorando, o que
contribui para aumentar os
nossos serviços na área."
Proposta A Abinee (associação da indústria elétrica e
eletrônica) levará ao governo
proposta com medidas compensatórias para o setor. "Temos sofrido com a desindustrialização devido ao câmbio,
que prejudica a cadeia. Empresas têm substituído componentes nacionais por importados para baratear o produto final", diz Humberto Barbato, presidente da entidade.
Primeira... CNI e Apex-Brasil mapearam quais serão
os primeiros temas a serem
tratados no escritório de representação criado em Bruxelas.
O chefe do escritório, o português Rui Faria da Cunha, veio
a São Paulo encontrar representantes de vários setores.
...batalha Cunha ouviu
do setor de carne suína sobre
as dificuldades das empresas
de entrar naquele mercado e,
do de aviação, sobre o excesso
de incentivos estatais a empresas europeias. Do setor de mineração, ouviu sobre o Reach
e o RMI, normas para padrões
de fornecimento, vistas como
barreiras não alfandegárias. O
primeiro passo do escritório é
auxiliar brasileiras a se enquadrarem no Reach, que afeta todos os setores industriais.
Negócio tecnológico O
Mercado Eletrônico, especializado em transações entre empresas pela internet, comprou
a Captiva, de soluções tecnológicas para áreas de vendas e
marketing. A aquisição era negociada desde o início do ano.
DIAGNÓSTICO
A Bristol-Myers Squibb do
Brasil lançará no país o Ipilimumabe, medicamento feito
a partir de células vivas. Ainda sem nome comercial, o
produto, usado no combate
ao melanoma, aguarda aprovação da Anvisa. O Brasil,
país com alta incidência da
doença, é mercado prioritário. Nos próximos 24 meses,
serão investidos US$ 8 milhões em marketing e vendas no mundo. O remédio
deve chegar ao mercado em
2012. Nos primeiros dois
anos, pode impulsionar o
faturamento da empresa em
US$ 20 milhões e chegar a
US$ 100 milhões em dez
anos, diz Silvia Sfeir, diretora da BMS. "Virão outras indicações, como câncer de
próstata e pulmão."
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES e ÁLVARO FAGUNDES
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