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FOCO
Body Tech lança academias visando clientes da classe C
CIRILO JUNIOR
DO RIO
De olho em um público
que não para de se expandir
-a classe C e seus sonhos de
consumo-, a rede de academias carioca A!Body Tech
prepara o lançamento de sua
segunda marca.
Segue assim o exemplo de
grifes de moda que criam
marcas com preços mais em
conta, ampliando sua clientela sem perder o glamour.
Até meados de 2011 serão
dez academias sob a bandeira Fórmula Express -seis no
Rio e quatro em São Paulo.
Com isso, os sócios aproveitam a marca paulista Fórmula, comprada por eles.
Depois da inauguração
das seis primeiras unidades,
a rede deve se expandir em
sistema de franquia.
Pesquisa da Cetelem, financeira do grupo francês
BNP Paribas, junto com a Ipsos, mostra que a fatia da
classe C na população brasileira cresceu de 45% em 2008
para 49% em 2009, chegando a 92,85 milhões de pessoas, com renda familiar média mensal de R$ 1.276.
De acordo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio) de 2008, 13,6%
das pessoas com mais de 14
anos e renda de 2 a 3 salários
mínimos praticam corrida,
basquete, futebol ou aeróbica pelo menos três vezes na
semana, ou caminham pelo
menos cinco vezes.
É esse público que as novas academias miram. Enquanto as A!Body Tech têm
mensalidades na faixa dos
R$ 300 -em algumas áreas
mais nobres da zona sul carioca o valor é mais alto-, as
Fórmula Express custarão,
em média, R$ 120 por mês.
"Serão unidades mais simples, para um público que
não exige diversas atividades
numa academia", explica
Luiz Urquiza, um dos sócios.
BIO RITMO
A rede Bio Ritmo, de São
Paulo, com 22 academias,
também aposta no filão. Lançou em 2009 a marca Smart
Fit, com preço médio de R$
90. Já são dez unidades mais
"simples e específicas", define o diretor Edgard Corona.
Os planos de expansão da
empresa incluem oito academias Smart Fit, e só quatro da
marca Bio Ritmo. "A expansão para regiões que concentram moradores de menor
renda vai acontecer naturalmente", informa Corona.
A ampliação dos investimentos das grandes redes
em academias cria gargalos
na indústria do setor, acostumada a demanda menor.
A Technogym, fabricante
de equipamentos, opera no
limite, diz o gerente de marketing, Guilherme Marques.
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