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Teste aponta falhas de segurança em carros
Nenhum dos 6 modelos analisados teve pontuação máxima no exame
Avaliação foi feita pela Latin NCAP e pela Proteste; montadoras afirmam que cumprem os requisitos legais
TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO
O Latin NCAP (Programa
de Avaliação de Carros Novos na América Latina), lançado ontem, mostrou que nenhum dos seis modelos analisados na região atinge o
grau máximo de segurança.
No Brasil, a entidade é representada pela Proteste Associação de Consumidores.
Ela existe também na Ásia,
na Austrália, na Europa e nos
Estados Unidos.
Até os mais bem avaliados
apresentaram ressalvas em
relação a riscos de lesões em
motoristas e passageiros. Cada carro foi submetido a uma
colisão frontal a 64 km/h
contra um obstáculo que simulava outro automóvel.
O Toyota Corolla, que já foi
alvo de recall, recebeu a
maior nota no teste, com 4
das 5 estrelas possíveis na
avaliação para ocupantes
adultos.
Já na classificação para
crianças conseguiu apenas
uma estrela, a menor pontuação - todos os demais obtiveram duas estrelas.
Esse veículo e o Chevrolet
Meriva foram escolhidos por
terem similares na Europa,
embora com versões mais
antigas no Brasil. Para o Corolla, o resultado foi semelhante em ambos os testes,
de acordo com Jean-Marie
Mortier, coordenador do Latin NCAP. Já o Meriva vendido na Europa "teve uma avaliação um pouco melhor"
porque possui itens de segurança mais modernos.
O pior desempenho foi observado no Geely, marca chinesa ainda não vendida no
Brasil, com nenhuma estrela.
Os outros veículos avaliados foram Fiat Palio, VW Gol
e Peugeot 207, feitos no Brasil ou na Argentina, e com
vendas representativas.
Mortier destaca a importância de o consumidor ter
acesso a essas informações
"para escolher um automóvel seguro e poder pressionar
os fabricantes a melhorar".
O executivo ressalta ainda
que os brasileiros devem se
preocupar não apenas com
os acessórios para elevar o
conforto, mas também com
os itens de segurança.
Luiz Carlos Mello, do Centro de Estudos Automotivos,
concorda que os consumidores dos EUA e da Europa dão
mais importância à segurança do que o público local,
mas afirma que esse tipo de
preocupação vem crescendo.
A partir de 2014, todos os
veículos terão de sair de fábrica com freios ABS e com
airbag, segundo regulamentação do Contran (Conselho
Nacional de Trânsito).
OUTRO LADO
Em nota, a Anfavea (associação do setor) afirmou que
"as montadoras, ao produzir
seus veículos e comercializá-los, cumprem integralmente
os requisitos legais".
"Com relação a testes comparativos de produtos comercializados em mercados diferentes, portanto, com exigências legais diversas, deve-se ponderar as avaliações,
sob pena de realizar-se uma
análise equivocada."
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