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Regras de superavit têm que ser mais previsíveis, segundo OCDE
Órgão diz que isso elevaria credibilidade da meta do governo
DE SÃO PAULO
A OCDE (Organização para
a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) afirmou
que o Brasil deveria aumentar a previsibilidade do seus
cálculos no superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida
pública).
"Aumentar a previsibilidade das decisões do governo
em relação aos ajustes aumentaria a credibilidade do
seu compromisso em atingir
as metas fiscais", afirmou a
entidade em relatório divulgado ontem.
A OCDE é um organismo
que reúne algumas das principais economias do mundo,
mas que não tem o Brasil entre seus integrantes (apesar
de já ter sido convidado).
Nos últimos meses, o governo brasileiro tem se valido
de manobras contábeis para
salvar o resultado das contas
públicas. A capitalização da
Petrobras, por exemplo, foi
usada para aumentar o superavit primário. E, no ano passado, os investimentos do
PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) foram
incluídos no superavit.
No documento, a OCDE diz
que o Banco Central vai retomar logo os aumentos da Selic (taxa de juros básica) e pede para que o governo retire
os estímulos adotados durante a crise -a partir de
2008- para que reduza as
pressões inflacionárias.
Segundo a entidade, o PIB
(Produto Interno Bruto) brasileiro deve crescer 7,5% neste ano, apesar da desaceleração da atividade econômica
a partir do segundo trimestre. A previsão anterior, feita
em maio, apontava para expansão de 6,5% do PIB nacional neste ano.
Para o ano que vem, ela
projeta crescimento de 4,3%
para a economia brasileira.
A OCDE, no entanto, alerta
para os riscos de uma desaceleração da China para a economia brasileira. Os chineses
são não apenas os principais
importadores de produtores
brasileiros como o principal
fator para a alta dos preços
das commodities (principal
produto de exportação de
Brasil).
ECONOMIA GLOBAL
Para a economia mundial,
a OCDE manteve a previsão
de crescimento para este ano
em 4,6%, a mesma estimativa feita em maio. Para 2011, a
entidade projeta uma expansão de 4,2% do PIB global,
ante previsão anterior de
4,5%. A taxa de crescimento
prevista para 2012 é de 4,6%.
A China deve se desacelerar dos 10,5% projetados para este ano para 9,7% em
2011. Os EUA devem avançar
2,7% neste ano.
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