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commodities
China mira o Brasil para produzir ouro
Maior empresa chinesa no setor enxerga oportunidade para ampliar em mais de 50% a sua produção até 2015
Parte dos recursos
que serão captados em oferta de ações em Hong Kong será aplicada fora do território chinês
DE SÃO PAULO
O maior produtor de ouro
da China está de olho nas reservas brasileiras.
A China National Gold
Group Corporation (CNGGC)
vai aumentar a sua capacidade anual de produção em
56%, para 50 toneladas, nos
próximos cinco anos. E grande parte dessa expansão deve acontecer fora da China.
"Estamos olhando para reservas de ouro no Brasil,
Congo, Rússia, Venezuela e
Mongólia. A maioria delas está no estágio inicial de exploração geológica", disse Du
Haiqing, vice-presidente da
empresa, ao jornal chinês
"China Daily".
Em 2010, a produção de
ouro da companhia deve alcançar o recorde de 32 toneladas, ante 28 toneladas no
ano passado. Em 2015, só a
produção de ouro fora da
China deve somar 20 toneladas, estima o executivo.
Segundo Du, a mineradora é bastante cautelosa ao investir fora do país, mas também é "ativa".
Cerca de 30% dos US$ 309
milhões que serão captados
por sua subsidiária China
Gold International Resources
em uma oferta pública inicial
de ações (IPO), lançada nesta
semana em Hong Kong, serão investidos fora da China.
O CNGGC possui 70 minas
na China e responde por 10%
da produção nacional. Em
2010, suas reservas devem alcançar 1.300 toneladas, ante
275 toneladas em 2006, segundo o "China Daily".
A China é o maior produtor
e o terceiro maior consumidor de ouro do mundo, e vive
um período de expansão. Segundo Du, a produção de ouro chinesa ultrapassará 320
toneladas este ano, depois de
um avanço de 11% em 2009.
No terceiro trimestre deste
ano, a demanda global por
ouro aumentou em 12% em
relação ao mesmo período de
2009, para 922 toneladas, de
acordo com relatório do WGC
(World Gold Council) divulgado esta semana.
A China foi um dos países
que lideraram o aumento da
demanda por joias, ao lado
de Rússia e Turquia.
No mercado financeiro, o
ouro também vem sendo
mais procurado como alternativa de investimento. Incertezas em relação à economia mundial e a fraqueza do
dólar fazem com que os investidores busquem ativos
reais para aplicações.
Nos últimos meses, o ouro
bateu sucessivos recordes de
preço e chegou a valer
US$ 1.400 por onça-troy (31
gramas). Ontem, foi negociado em torno de US$ 1.350 a
onça em Londres.
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