São Paulo, domingo, 19 de dezembro de 2010 |
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O som da rede Indústria da música digital nacional se reinventa para acelerar crescimento e combater a pirataria GABRIEL BALDOCCHI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Os serviços de música digital no Brasil passam por uma onda de lançamentos. Os portais estão ampliando serviços numa tentativa de acelerar o crescimento de receitas e jogar uma ofensiva mais feroz contra as transações ilegais de música na rede. A música digital no país movimentou R$ 42 milhões no ano passado. O número representa cerca de 12% do faturamento da indústria fonográfica no país. A timidez da cifra guarda o maior potencial do negócio. Enquanto, as vendas de CDs , DVDs e Blu-Rays (R$ 316 milhões) avançaram pouco mais de 1%, o salto em arquivos digitais na internet foi de 159% na comparação com o ano anterior. "O potencial desse mercado é gigantesco. A gente está conseguindo pegar uma parte muito pequena do que a gente acredita ser o potencial da música na internet", afirma o diretor da ABPD (Associação Brasileira de Produtoras de Disco), Eduardo Rajo. As mudanças da indústria são uma tentativa de transformar potencial em receitas. O UOL, controlado pelo Grupo Folha, apostou no streaming -que permite ouvir a música em tempo real. Lançou o serviço no início deste ano para complementar o cardápio de downloads individuais já disponíveis. Na Rádio UOL, os usuários podem escolher as faixas e administrar listas com músicas da preferência sem pagar. A remuneração dos direitos intelectuais se dá graças aos anúncios publicados na página. MUDANÇAS O portal estuda mudanças para o primeiro semestre do próximo ano. A ideia é inserir os spots entre as faixas gratuitas e lançar assinaturas com download e streaming. O Sonora, do Terra, reformulou os pacotes para incluir em suas opções o download sem restrição. O formato permite aos usuários permanecer com o arquivo da canção e usá-lo para compor um CD, por exemplo. Essa função não é possível com o dispositivo de limitação de direitos autorais, que continua sendo oferecido. Com pacotes combinados de diferentes formatos, a meta dos executivos é ambiciosa: alcançar 1 milhão de assinantes. O serviço tem hoje cerca de 350 mil assinantes pagos. O número, segundo eles, só foi possível de ser alcançado com o lançamento do streaming gratuito em 2009, que deu exposição aos planos. Para desfrutar das 20 horas mensais sem custo, os usuários aceitam a publicidade entre as faixas. As inserções garantem a gratuidade do serviço e a remuneração dos direitos intelectuais. "Antes do lançamento do gratuito, tínhamos uma base de 120 mil pagantes. O Sonora se tornou muito mais conhecido e abrangente", aponta o diretor-responsável do Sonora, Tiago Ramazzini. CONCORRÊNCIA Os dois sites ganharão um concorrente em 2011. O Escute, da Som Livre, está previsto para entrar no ar em janeiro e também vai trazer modelo de assinatura combinada. A primeira versão não inclui o streaming gratuito, mas a empresa admite que irá oferecer o serviço mais adiante. "Vemos com bastante otimismo a entrada de cada vez mais novos modelos de negócios, para que a gente possa fazer um mercado economicamente viável na internet", afirma Rajo. Texto Anterior: Análise: Bancos devem trocar o kitsch por contribuição mais perene Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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