São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

BÚSSOLA

Mande sua pergunta para coluna duvidainvest@grupofolha.com.br / twitter:@folha_mercado

Gostaria de entender melhor o Tesouro Direto; quais os detalhes essenciais?

RESPOSTA DO CONSULTOR DE FINANÇAS MAURO CALIL, DA CALIL&CALIL - Caro D.C.A, uma vez que nosso espaço é pequeno, serei breve nas respostas. No entanto quero convidá-lo a conhecer o site do programa Tesouro Direto (www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto/).
Lá você encontrará de forma detalhada todas as informações de que precisa para conhecer esse tipo de investimento. Em primeiro lugar, o Tesouro Direto foi criado pelo governo brasileiro para captar recursos da própria população brasileira.
Em contrapartida, quem empresta dinheiro ao governo tem juros melhores que os encontrados em outras aplicações financeiras, como a caderneta de poupança, por exemplo.
O valor ideal para iniciar a aplicação nos títulos do governo é aquele que satisfaça o investidor tendo como base o valor mínimo de investimento, que pode variar para cada título, mas fica em torno de R$ 200,00.
O resgate pode ser pedido via venda do titulo comprado. O Tesouro recompra os títulos uma vez por semana (às quartas-feiras) e seu valor pode mudar, ou seja, o investidor pode receber menos ou mais do que o valor pago pelo papel no início.
Feita a venda (ou resgate), o dinheiro fica disponível para o investidor em dois dias úteis. É preciso ficar atento, porém, aos vários tipos de título existentes no mercado, em que variam as datas de vencimento de cada um. Basicamente, existem dois tipos de papéis no Tesouro Direto: os prefixados -com os quais os investidores já sabem de antemão qual será a rentabilidade- e os pós-fixados -atrelados a algum índice da economia, como inflação ou a taxa básica de juros, a Selic.
Você deve escolher o melhor para seus objetivos de poupança e consumo.
O agente de custódia (ou seja, a corretora) tem uma equipe preparada para auxiliá-lo na escolha dos títulos. A decisão final de investimento, claro, é sua.

SEM RISCO
Quero investir um montante e deixar render sem movimentar, mas não quero comprar ações. Onde consigo um melhor retorno?
L.A. , de Salvador

RESPOSTA - Isso depende do valor, do prazo e do seu objetivo. Dentro da renda fixa, a poupança é mais interessante para prazos curtíssimos (até seis meses). Para prazos maiores, os CDBs são bons para volumes até R$ 60 mil, desde que paguem, no mínimo, 99% do CDI. Se você acreditar que inflação e juros permanecerão em alta no prazo contratado, prefira os pós-fixados. Ainda na renda fixa, verifique o Tesouro Direto e o recém-criado CDB Direto. Na renda variável, existem os fundos de investimento imobiliário, que podem oferecer rendimento maior, sem Imposto de Renda, mas com risco maior.

IMÓVEIS
A queda na venda de imóveis até abril significa que nos próximos anos teremos redução no valor deles?
W.S.F. , de Belo Horizonte

RESPOSTA - Dificilmente os preços apresentam queda por falta de demanda. A baixa costuma ocorrer pela degradação de seu entorno, que, por sua vez, reduz o interesse por essa área. Em locais saudáveis, há valorização. Mas ela pode ser menor que a inflação, sugerindo uma boa oportunidade.
Infelizmente, o mercado de imóveis não tem organização suficiente para que seja monitorado como um todo.
Assim, sugiro que determine o valor que quer investir, se é investimento ou um bem de consumo e a área em que quer comprar.
Por fim, tente juntar o dinheiro para pagar à vista, assim fará melhor negócio.

EU INVISTO EM

"Meu investimento atual é na moda feminina. Durante muitos anos fiz só moda masculina. Queria entrar nesse universo e me inspirei nos anos 30, quando as mulheres começaram a se vestir como homens"
Mario Queiroz, estilista


Texto Anterior: Folhainvest: Líder de simulado tem rendimento de 47,48% neste ano
Próximo Texto: O assunto é fundo imobiliário: CVM quer atualizar valor de mercado dos imóveis nos fundos de investimento
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.