São Paulo, terça-feira, 20 de julho de 2010

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Agência Moody's rebaixa nota dos títulos da Irlanda

Justificativa cita previsões de baixo crescimento e alto gasto público

Outras más notícias na Europa são a suspensão de conversas entre FMI, UE e Hungria e o total de dívidas da Espanha


VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES

A semana começou com más notícias econômicas para o continente europeu. A agência de classificação de riscos Moody's rebaixou a nota dos títulos da Irlanda.
Além disso, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e a União Europeia suspenderam conversas com a Hungria; e o total de dívidas com ao menos três meses de atraso ultrapassou pela primeira vez a barreira dos 100 bilhões na Espanha.
Em outros momentos , isso provocaria desvalorização do euro e queda acentuada nas Bolsas. Não foi o que aconteceu: o euro subiu e as ações tiveram ligeira queda.
Analistas afirmam que os investidores acreditam que o problema de débito público na Europa não está resolvido, mas talvez não seja tão grave quanto o previsto.
Na Hungria, o FMI e a UE querem mais corte de gastos. O governo de centro-direita de Viktor Orban, que tomou posse em maio, diz que não fará mais aperto.
Diante do impasse, ficam congelados 5,5 bilhões -a última parcela de um empréstimo total de 20 bilhões acertado em 2008.
No caso da Irlanda, a Moody's diz que as previsões de baixo crescimento e o alto gasto público para reconstruir o sistema bancário fizeram crescer o risco de calote.
Na Espanha, o problema são as dívidas privadas. De acordo com relatório do banco central, passou de 100 bilhões o total de dívidas com mais de três meses de atraso.
Culpa do maior número de empresas à beira da falência e do desemprego, que não para de crescer (19,9% em maio, uma das maiores taxas da Europa).


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