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Agência Moody's rebaixa nota dos títulos da Irlanda
Justificativa cita previsões de baixo crescimento e alto gasto público
Outras más notícias na Europa são a suspensão de conversas entre FMI, UE e Hungria e o total
de dívidas da Espanha
VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES
A semana começou com
más notícias econômicas para o continente europeu. A
agência de classificação de
riscos Moody's rebaixou a
nota dos títulos da Irlanda.
Além disso, o FMI (Fundo
Monetário Internacional) e a
União Europeia suspenderam conversas com a Hungria; e o total de dívidas com
ao menos três meses de atraso ultrapassou pela primeira
vez a barreira dos 100 bilhões na Espanha.
Em outros momentos , isso
provocaria desvalorização
do euro e queda acentuada
nas Bolsas. Não foi o que
aconteceu: o euro subiu e as
ações tiveram ligeira queda.
Analistas afirmam que os
investidores acreditam que o
problema de débito público
na Europa não está resolvido, mas talvez não seja tão
grave quanto o previsto.
Na Hungria, o FMI e a UE
querem mais corte de gastos.
O governo de centro-direita
de Viktor Orban, que tomou
posse em maio, diz que não
fará mais aperto.
Diante do impasse, ficam
congelados 5,5 bilhões -a
última parcela de um empréstimo total de 20 bilhões
acertado em 2008.
No caso da Irlanda, a
Moody's diz que as previsões
de baixo crescimento e o alto
gasto público para reconstruir o sistema bancário fizeram crescer o risco de calote.
Na Espanha, o problema
são as dívidas privadas. De
acordo com relatório do banco central, passou de 100
bilhões o total de dívidas
com mais de três meses de
atraso.
Culpa do maior número de
empresas à beira da falência
e do desemprego, que não
para de crescer (19,9% em
maio, uma das maiores taxas
da Europa).
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