São Paulo, sábado, 20 de agosto de 2011

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Apuração sobre trabalho ilegal é ampliada

Ministério do Trabalho planeja investigar outras 35 empresas do varejo de moda

FELIPE VANINI BRUNING
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

No rastro da conexão entre a Zara e um fornecedor acusado de usar mão de obra degradante, mais 35 empresas do varejo de moda estão sob suspeita.
Desse total, há 20 grandes marcas e 15 lojas do Brás e do Bom Retiro, regiões de comércio popular de São Paulo, afirma Luís Alexandre de Faria, auditor fiscal do Ministério do Trabalho.
A base das suspeitas são os métodos semelhantes de fluxo de mercadorias.
Segundo Faria, os nomes não podem ser revelados para não prejudicar as investigações. "Temos de realizar as operações aos poucos porque não temos condições humanas de ir a todos os locais."
Segundo ele, porém, as apreensões de mercadoria de grandes redes já efetuadas em ateliês com trabalhadores em condições desumanas não serviram de exemplo.
Entre os casos mais recentes estão apreensões de supostos fornecedores da Collins, das Pernambucanas, da Marisa e da 775.
Em 2010, a F.G., que produzia coletes para os recenseadores do IBGE, também foi flagrada.
No ateliê em que foram apreendidas peças da Zara, no interior, em maio, a fiscalização também encontrou roupas com as marcas Ecko, Gregory, Billabong, Brooksfield, Cobra d'Água e Tyrol.
Segundo a investigação, metade das peças seria destinada à Zara e, o restante, às demais marcas.
Procuradas, as seis empresas negaram as acusações. Algumas delas disseram que são alvos de falsificações frequentemente.
Porém, segundo o procurador Nei Messias Vieira, havia indícios de que as peças eram originais.
"Vamos chamá-las para prestar esclarecimentos", disse Vieira.


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