São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 2011

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Restrições a estrangeiros reduzem plantio

DE SÃO PAULO

As restrições impostas pelo governo brasileiro para aquisição de terras por estrangeiros causaram a suspensão de ao menos R$ 14 bilhões no último ano destinados à implantação de plantios florestais, segundo estimativa da Abraf.
De acordo com a direção da associação, o parecer da AGU (Advocacia-Geral da União) publicado em agosto de 2010 surpreendeu os grupos empresariais de capital estrangeiro que queriam investir.
Em Mato Grosso do Sul, três empresas com capital estrangeiro suspenderam os projetos. De acordo com a secretária estadual de Desenvolvimento Agrário, Produção e Turismo, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, os investimentos somavam R$ 9 bilhões. "Algumas dessas empresa já tinham até um pouco de terra, mas veio a decisão da AGU e os investimentos tiveram de ser suspensos. Eram projetos já estudados há pelo menos dois anos e não podemos perdê-los", disse.
Na Bahia, segundo o secretário estadual de Agricultura, Eduardo Salles, um grupo europeu de papel e celulose deixou de investir € 3 bilhões por causa da restrição. "Isso é um absurdo e o governo precisa rever essa decisão, que é prejudicial ao setor."
"O setor compreende a preocupação do governo em não ceder terras a estrangeiros, mas os investimentos em florestas e na indústria de celulose gerariam milhares de empregos", disse o diretor-executivo da Abraf, Cesar Augusto dos Reis.
O diretor florestal da Fibria, Aires Galhardo, afirmou que acredita na revisão da decisão pelo governo. "Esperamos que essa proibição seja revista com regras claras para cada setor produtivo. Com isso, nosso objetivo é que não haja mais casos de impedimentos a investimentos como os ocorridos agora", disse. (VBF)


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