São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2011

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Gigantes indianas faturam com novos serviços para tablets

Aplicações móveis sofisticadas, como a que interage consumo em loja física e Facebook, viram novo filão

Infosys, Wipro e TCS miram terceirização em indústria que deve movimentar cerca deUS$ 30 bilhões até 2013

CAMILA FUSCO
ENVIADA ESPECIAL A CHENNAI

Tradicionalmente conhecidas pelo desenvolvimento de sistemas para grandes empresas -trabalho muitas vezes burocrático de pura programação-, as companhias indianas de terceirização ("outsourcing") começam a descobrir nos tablets e nas redes sociais sua nova vocação.
Com o crescimento do número de dispositivos móveis e as perspectivas de US$ 30 bilhões movimentados em aplicativos ao longo dos próximos dois anos, segundo a consultoria Gartner, gigantes como TCS, Infosys e Wipro avançam na oferta de serviços inovadores, além da criação de software operacional.
A intenção é aproveitar o filão de oportunidades já visível para companhias como Apple e Google e desenvolver novas ferramentas de negócio baseadas em mobilidade.
"Até agora atuávamos principalmente na construção de sistemas internos para as grandes corporações. Com o avanço de tablets e redes sociais, estamos mais próximos dos clientes de nossos clientes e podemos aproveitar as oportunidades da era da mobilidade", diz K. Ananth Krishnan, líder de tecnologia e inovação da TCS.
As principais apostas estão nos segmentos bancário e de varejo. Maior empresa de terceirização de serviços da Índia, a TCS trabalha no laboratório de Chennai, sul do país, em projetos como o que aproxima os ambientes virtual e físico das lojas por meio das redes sociais.
Ao entrar no estabelecimento e se conectar ao Facebook, por exemplo, o consumidor poderá ser reconhecido pelo aplicativo e ter suas preferências de produtos refinadas.
Com base na análise comportamental do usuário, o software pode ainda sugerir promoções e indicá-las por meio de geolocalização.
A Infosys, segunda maior do setor no país, também trabalha no desenvolvimento de aplicações desse tipo.
As possibilidades dos negócios móveis ganharam tanta relevância que já dão origem a divisões específicas nas gigantes indianas.

MAIS MARGENS
Só no varejo, as oportunidades de aplicativos móveis chegarão a 12 bilhões até 2014. Já os bancos deverão responder por um mercado de US$ 10 bilhões.
À primeira vista, os números podem até parecer modestos ao total movimentado em outsourcing -de cerca de US$ 465 bilhões-, mas a diferença está nas margens, que são mais favoráveis nesse tipo de negócio.
Para este ano, a consultoria Gartner estima que serão baixados 17,7 bilhões de aplicativos no mundo, entre tablets e smartphones, mais do que o dobro dos 8,2 bilhões registrados em 2010.

A jornalista CAMILA FUSCO viajou a convite da TCS


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