|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil é o país campeão de preços altos, diz estudo
IBPT atribui diferença a tributos e custo maior
CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO
Você sabia que o brasileiro
tem uma das dores de cabeça
mais caras do mundo?
É o que indica o preço pago no país pela aspirina -em
comparação com o valor cobrado pelo mesmo produto
no exterior.
A caixa com 40 comprimidos do medicamento -um
dos mais populares para o
tratamento desse mal- sai
no Brasil por R$ 45, em média, segundo levantamento
feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).
O preço é quase quatro vezes o praticado na Argentina
e o triplo do cobrado nos Estados Unidos e na China (veja
quadro ao lado).
Também é mais de uma
vez e meia o observado na
Alemanha -o único país da
pesquisa que tem carga tributária ligeiramente maior
que a brasileira.
TRIBUTOS E CUSTOS
"Além dos impostos, os
custos de produção -que envolvem gastos com matéria-prima, mão de obra e logística- pesam na composição
de preços. E esses custos no
Brasil são muito altos", diz
Letícia do Amaral, vice-presidente do IBPT.
A diferença de valores é
gritante em produtos com os
mais variados graus de necessidade para o consumidor
-sem esquecer, claro, que o
conceito de urgência é sempre relativo.
Uma geladeira no mercado doméstico é quase uma
vez mais cara que na Argentina. Assim como uma camisa
da grife Lacoste.
E, no país vizinho, um automóvel Toyota Corolla XEI
2.0 sai por 62% do valor cobrado no Brasil.
"Impressiona constatar
que estamos em um país com
os preços mais altos entre os
pesquisados e com uma das
menores médias de renda
por habitante", diz a vice-presidente do IBPT.
"É por isso que as pessoas
que podem preferem comprar produtos quando viajam
para o exterior. Mesmo com o
imposto de importação, acaba compensando."
Texto Anterior: FOLHA.com Próximo Texto: Imposto de renda: Receita padroniza formulário sobre despesas médicas Índice
|