São Paulo, sábado, 22 de janeiro de 2011
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Impasse barra venda de jogos para iPad Brasil exige que aplicativos passem por classificação etária oficial, mas a Apple até agora não cumpriu a regra Nas lojas virtuais de outros países, empresa usa um sistema de classificação próprio; Apple não comenta MARIA CLARA CABRAL LARISSA GUIMARÃES DE BRASÍLIA Um impasse entre a Apple e o governo brasileiro impede que os usuários de iPad no país tenham acesso a jogos populares, como Fifa Soccer e SimCity. O Ministério da Justiça cobra da Apple a classificação etária dos aplicativos -por lei, todos os jogos precisam ser avaliados no Brasil. Até agora, a empresa se recusou a seguir a norma. Nas lojas virtuais de outros países, a Apple usa um sistema de classificação próprio. Na App Store (loja virtual de aplicativos) brasileira isso não é permitido, o que reduz a oferta de conteúdo. Davi Pires, responsável pela área de classificação no Ministério, diz que há diferença entre o sistema usado pela Apple e a norma do país e que, por isso, o "governo está de mãos atadas". "Eles não estão dispostos a se adaptar. Nós gostaríamos muito, mas não está por nossa conta", afirma. Segundo Pires, a Apple alega que têm dificuldade em exibir os símbolos brasileiros de classificação. A empresa e o governo já se reuniram, mas o impasse persiste. O diretor diz que mais jogos devem passar por classificação neste ano. Atualmente, das 10 mil obras avaliadas pelo ministério, cerca de 10% são jogos. A equipe que avalia jogos só conta com cinco profissionais, mas o analista de classificação Rafael Vilela diz que será possível atender o aumento da demanda. ESTRATÉGIA Para tentar contornar a situação, alguns usuários brasileiros têm recorrido a estratégias como comprar os jogos pela App Store da Argentina ou dos Estados Unidos. Leandro Mingrone, 28, analista de projetos de uma empresa de tecnologia, recorreu ao endereço e ao número do cartão de crédito de um amigo que mora no exterior. Agora ele faz suas compras usando uma espécie de cartão pré-pago virtual. "Tenho iPad e iPhone e compro quatro ou cinco aplicativos por mês, a maioria jogos. E nenhum deles pode ser considerado violento, por isso não concordo com essa burocracia", afirma. A assessoria de imprensa da Apple disse que a empresa não iria comentar o assunto. Texto Anterior: Foco: Brasileiro cofundador do Facebook investe em novo site Próximo Texto: Critérios de análise estão em consulta pública Índice | Comunicar Erros |
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