|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
País dobrará extração com o pré-sal da capitalização
Áreas incluídas na operação vão produzir 2,126 mi de barris por dia
Volume é semelhante ao produzido atualmente; início da extração exige 14 novas plataformas, e mais de US$ 18 bilhões
CIRILO JUNIOR
DO RIO
As áreas do pré-sal incluídas na capitalização da Petrobras terão capacidade de
produção de 2,126 milhões de
barris por dia, volume semelhante ao produzido atualmente no país, em torno de 2
milhões de barris por dia.
Mas, para que comecem a
produzir, será necessária a
construção de pelo menos 14
novas plataformas, que seriam conectadas a 184 poços.
Os dados constam do relatório da Gaffney, Cline & Associates, consultoria contratada pela ANP para fazer a
avaliação das reservas para a
capitalização da Petrobras.
Em valores correntes, para
a construção dessas plataformas seriam necessários
US$ 18,5 bilhões (R$ 31,8 bi).
Franco, o maior prospecto
incluído no processo, necessitaria, por exemplo, de seis
unidades com capacidade de
produzir, cada uma, 150 mil
barris por dia, para a exploração dos 5 bilhões de barris
em reservas estimadas. As
plataformas seriam conectadas a 62 poços de produção.
A conta considera o volume total das reservas identificadas. O governo, no entanto, contabilizou apenas parte
delas na cessão à Petrobras.
Para o prospecto de Franco,
por exemplo, foram incluídos pouco mais de 3 bilhões
de barris.
O governo estipulou o custo médio de US$ 8,51 por barril nas reservas avaliadas. A
consultoria da ANP indicou
preço médio de US$ 9,52 para
as seis áreas incluídas na cessão onerosa.
Ao todo, a Gaffney, Cline &
Associates estudou dez áreas
e estipulou US$ 8,54 médios
por barril. Para o prospecto
de Franco, a consultoria da
ANP avaliou cada barril a
US$ 10,44. A capitalização levou em conta o barril da área
por US$ 9,04.
ESTUDOS
Além do relatório da Gaffney, foi consultada também
uma avaliação da consultoria DeGolyer & MacNaughton, que foi contratada pela
Petrobras.
Esse estudo teria estipulado valores menores para o
preço do barril da capitalização. O governo determinou
os valores baseado nas duas
interpretações.
O relatório confirma que o
prospecto de Libra é o maior
identificado nas pesquisas
recentemente feitas.
As reservas são estimadas
em 7,88 bilhões de barris. O
prospecto ficou de fora da
cessão onerosa.
Na semana passada, o governo confirmou que pretende incluir Libra no primeiro
leilão sob o sistema de partilha, que ainda precisa ser
aprovado na Câmara.
O prospecto, com 727 quilômetros quadrados de área,
vai exigir a construção de nove plataformas, com produção de até 150 mil barris por
dia para cada unidade, total
de 1,3 milhão de barris por
dia. Isso implicaria, somente
em plataformas, um investimento de US$ 13,5 bilhões.
Texto Anterior: Telefonia: Anatel prorroga prazo para criação de novo prefixo nas linhas de SP Próximo Texto: Capitalização da Petrobras Índice | Comunicar Erros
|