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CGU vai criar cadastro de empresas éticas
Empresas comprometidas com combate à corrupção terão nomes divulgados em site
MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO
A CGU (Controladoria-Geral da União) vai criar, em semanas, um cadastro on-line
de empresas comprometidas
com condutas éticas e prevenção à corrupção.
Para integrar a lista, empresas não poderão ser processadas por corrupção, terão que se submeter a auditorias externas e garantir proteção a funcionários que denunciem práticas corruptas.
Deverão também informar
detalhadamente suas doações a candidatos políticos.
Quem financiar candidatos
com ficha suja não participará da lista limpa da CGU.
"Assim como existe hoje
um cadastro de empresas inidôneas, vamos criar uma lista de empresas limpas", disse o ministro-chefe da CGU,
Jorge Hage Sobrinho.
O anúncio foi feito durante
conferência sobre corrupção
realizada em São Paulo pela
OCDE (Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico).
O ministro disse que algumas empresas já procuraram
a CGU para se informar sobre
o novo cadastro, mas não divulgou números e nomes.
"Se a empresa quiser ganhar reputação de companhia limpa, que se preocupa
com a ética, vai aderir."
A medida também visa aumentar o diálogo com as empresas. A avaliação da CGU é
que o medo de represálias limita as denúncias de corrupção. Das 35.666 recebidas
desde 2003, só 115 vieram de
empresas identificadas.
O cadastro é uma parceria
com o Instituto Ethos, que
hoje divulga cartilha orientando empresas sobre como
atuar no processo eleitoral.
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