São Paulo, terça-feira, 23 de agosto de 2011 |
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SAIBA MAIS Grupo pagou ágio alto no país vizinho DE SÃO PAULO O empresário argentino de origem armênia Eduardo Eurnekián, dono da Corporación América, fez fortuna na década de 1990 na esteira das privatizações feitas no governo de Carlos Menem, a quem era muito ligado. Entrou em telecomunicações, energia, infraestrutura e aeroportos. Em 1997, venceu, com outros sócios, o leilão de privatização dos 36 principais aeroportos do país. A exemplo do leilão de ontem, pagou caro. O preço mínimo da outorga era de US$ 40 milhões por ano e o seu grupo, Aeropuertos Argentina 2000, venceu por US$ 171 milhões. Os elevados compromissos de outorga, somados aos problemas enfrentados pelo país, tornaram o negócio impagável. Dívidas de US$ 600 milhões e atrasos no cronograma de investimentos levaram o grupo a renegociar o contrato. Em um processo bastante controverso de negociação, que mobilizou a mídia e a opinião pública, Eurnekián conseguiu, em 2007, trocar a dívida por uma participação acionária de 20% do Estado. No processo de "reestatização", a obrigação de pagamento anual da outorga foi abandonada. O grupo passou a pagar para o governo um porcentual das receitas comerciais e aeroportuárias. (MB) Texto Anterior: Argentino paga caro por aeroporto no RN Próximo Texto: Tecnologia: Skype deve comprar serviço de mensagens Índice | Comunicar Erros |
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