São Paulo, quinta-feira, 23 de dezembro de 2010 |
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commodities Fusão dá origem a nova gigante em lácteos Bom Gosto e LeitBom anunciam união de suas operações e nova empresa com faturamento de R$ 3 bilhões LBR Lácteos Brasil será controlada por empresa da GP Investimentos e já nasce com aporte deR$ 700 mi do BNDES TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO As fabricantes de leite e derivados Bom Gosto e LeitBom anunciaram ontem fusão de suas operações. Será criada uma nova empresa, a LBR Lácteos Brasil SA, que já nasce como uma das maiores do setor, ao lado das gigantes Nestlé e BRF-Brasil Foods. Dona de marcas como Parmalat, Paulista, Poços de Caldas, Líder e Glória, a LBR tem faturamento inicial estimado pelas empresas em R$ 3 bilhões por ano. A LBR começa com a captação de 2 bilhões de litros de leite anuais -o volume captado pela Brasil Foods, antiga Perdigão, é estimado em 1,7 bilhão de litros e o da Nestlé, em 2,1 bilhões de litros. As operações da nova empresa dividem-se em 30 unidades de produção, com 6.400 funcionários. A LBR também estreia com o apoio do BNDES, que já detinha participação de 30% no capital da Bom Gosto. O banco de fomento manterá a fatia na nova empresa e, para isso, fará um aporte de R$ 700 milhões na LBR. Do total, R$ 450 milhões serão injetados via aumento de capital, e outros R$ 250 milhões devem entrar no caixa da empresa após uma subscrição privada de debêntures conversíveis em ações. A LeitBom é controlada pela Monticiano, holding do grupo GP Investimentos. Este ano, fez um acordo com a Laep Investments para operar a maioria dos ativos da Parmalat no país -os isentos de passivos trabalhistas- e passou a deter o direito de uso da marca por seis anos. Na ocasião, a LeitBom apresentou-se como candidata à consolidadora do setor e já especulava-se sobre uma associação com a Bom Gosto. O presidente da LeitBom, Fernando Falco, que ocupará a presidência da LBR, minimizou o salto em captação de leite da companhia. Ele comemorou o melhor posicionamento de mercado, mas destacou o desenvolvimento do setor, muito pulverizado e pouco competitivo. "Essa fusão traz uma posição clara de organização de mercado. Queremos desenvolver a cadeia, para que o Brasil tenha condições de competir no exterior", disse. O fundador e presidente da Bom Gosto, Wilson Zanatta, será copresidente do Conselho de Administração da LBR, ao lado de Fersen Lambranho, da GP. Por meio da Monticiano, o grupo GP será o acionista majoritário da LBR, com uma participação de 40,5%. O BNDES terá 30,3% do capital e a Bom Gosto, 26,3%. Texto Anterior: "Política externa deve melhorar com Dilma" Próximo Texto: Por dentro da LBR Lácteos Brasil Índice | Comunicar Erros |
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