São Paulo, segunda-feira, 24 de maio de 2010

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Refinaria vira primeiro revés dos chineses no país africano

DO ENVIADO A ANGOLA

A construção de nova refinaria de petróleo em Angola, chamada de Sonaref, que ainda está em fase inicial, representa o primeiro grande revés dos chineses no país.
Depois do compromisso feito pelos chineses de aportar US$ 2,5 bilhões no negócio, o governo angolano suspendeu a concessão ao não concordar com o plano dos asiáticos de modelar a refinaria para um tipo de petróleo usado por eles.
O projeto, a ser construído em Lobito, cidade que fica na Província de Benguela, distante 400 quilômetros ao sul da capital do país, Luanda, tem custo estimado entre US$ 7 bilhões e US$ 8 bilhões, aproximadamente.
A refinaria foi dimensionada para o processamento de 200 mil barris por dia, um complexo de refino de grande porte, que irá resolver o problema do abastecimento interno enfrentando pelo país e gerar derivados para que Angola possa ampliar as vendas para o exterior.
Hoje, Angola produz 1,9 milhão de barris de petróleo por dia -a mesma quantidade que o Brasil. Tem ainda uma reserva provada de petróleo de 14 bilhões de barris, também igual ao Brasil (excluída a reserva do pré-sal).
Apesar desses números, o consumo no país africano é de só 70 mil barris por dia.
Embora produza 27 vezes mais petróleo do que consome, Angola enfrenta um crônico problema de abastecimento. Ao percorrer a cidade de Luanda, onde existe a maior concentração de veículos, filas se formam diariamente na frente dos postos de combustível.
Ao contrário do restante dos preços da economia, o combustível é barato, US$ 0,40 (R$ 0,75) por litro.
A única refinaria do país fica em Luanda e tem capacidade para processar 37,5 mil barris por dia, pouco mais de 50% da demanda do país. O restante é importado. (AB)


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