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Refinaria vira primeiro revés dos chineses no país africano
DO ENVIADO A ANGOLA
A construção de nova refinaria de petróleo em Angola,
chamada de Sonaref, que
ainda está em fase inicial, representa o primeiro grande
revés dos chineses no país.
Depois do compromisso
feito pelos chineses de aportar US$ 2,5 bilhões no negócio, o governo angolano suspendeu a concessão ao não
concordar com o plano dos
asiáticos de modelar a refinaria para um tipo de petróleo
usado por eles.
O projeto, a ser construído
em Lobito, cidade que fica na
Província de Benguela, distante 400 quilômetros ao sul
da capital do país, Luanda,
tem custo estimado entre
US$ 7 bilhões e US$ 8 bilhões, aproximadamente.
A refinaria foi dimensionada para o processamento de
200 mil barris por dia, um
complexo de refino de grande porte, que irá resolver o
problema do abastecimento
interno enfrentando pelo
país e gerar derivados para
que Angola possa ampliar as
vendas para o exterior.
Hoje, Angola produz 1,9
milhão de barris de petróleo
por dia -a mesma quantidade que o Brasil. Tem ainda
uma reserva provada de petróleo de 14 bilhões de barris,
também igual ao Brasil (excluída a reserva do pré-sal).
Apesar desses números, o
consumo no país africano é
de só 70 mil barris por dia.
Embora produza 27 vezes
mais petróleo do que consome, Angola enfrenta um crônico problema de abastecimento. Ao percorrer a cidade
de Luanda, onde existe a
maior concentração de veículos, filas se formam diariamente na frente dos postos
de combustível.
Ao contrário do restante
dos preços da economia, o
combustível é barato,
US$ 0,40 (R$ 0,75) por litro.
A única refinaria do país fica em Luanda e tem capacidade para processar 37,5 mil
barris por dia, pouco mais de
50% da demanda do país. O
restante é importado.
(AB)
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