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COMUNICAÇÃO
Correios propõem mudar regra de contratação de empresas aéreas
DE BRASÍLIA - Depois de uma
série de escândalos e sob o risco de um apagão postal, os
Correios vão mudar a sua forma de contratação de aeronaves que fazem o transporte de
correspondências e sedex de
sua malha postal.
Entre as mudanças, a reformulação da malha aérea nacional e o aumento da capacidade de transporte por viagem
para as empresas, com possibilidade de compartilhamento
de carga (as empresas não precisarão prestar serviço exclusivo em alguns casos).
A centralização de compra
de combustível nos Correios,
com ganhos de escala, também deve fazer parte do novo
modelo.
Mas a principal mudança
será a extensão da duração
dos contratos, que hoje são feitos pelo prazo de um ano, para
cinco anos. O objetivo é facilitar as operações de leasing (espécie de aluguel) de aeronaves
por empresas aéreas.
O novo prazo permitirá que
mais empresas possam alugar
aviões no exterior para voos da
malha aérea postal, elevando
o leque de possibilidades de
contratação para a estatal.
Hoje, só as companhias Total, Rio, Air Brasil e Absa têm
condições de prestar esses serviços .
A companhia MTA (Master
Top Linhas Aéreas), que também era contratada pela estatal, foi o pivô do escândalo que
derrubou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra. A Anac
teria aprovado a renovação da
concessão da empresa após a
intervenção de Israel Guerra,
filho de Erenice, que teria recebido propina para deslanchar
o processo.
Depois das denúncias a
MTA acabou multada pelos
Correios por atrasos e descumprimento de voos e perdeu logo em seguida seus contratos,
que somavam R$ 59 milhões
ao ano, com a estatal.
A empresa contestava na
Justiça o direito de operar mais
um trecho, feito sem licitação,
no valor de R$ 44 milhões
anuais.
As propostas dos Correios
ainda poderão sofrer mudanças. A audiência pública será
no dia 10 de dezembro na sede
dos Correios, em Brasília.
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