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Tensões na Europa e na Coreia derrubam Bolsas mundo afora
Bolsa de SP cai 2,4%, maior tombo em um mês, puxada pelo avanço das taxas de juros
EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO
O risco de contágio financeiro na Europa, as hostilidades entre as Coreias e as más
notícias da economia americana formaram o cenário que
derrubou Bolsas de Valores
mundo afora ontem.
Logo pela manhã, as principais Bolsas asiáticas já sinalizavam o mal-estar dos
mercados (caindo mais de
1%), o que logo se estendeu
para as Bolsas do Velho Continente, onde as ações cederam 1,75% em Londres, 2,5%
em Paris e 3% em Madri.
Atravessando o Atlântico,
os desempenhos não foram
melhores. Em Wall Street, a
principal Bolsa recuou cerca
de 1%, enquanto a brasileira
Bovespa amargou perdas de
2,4%, seu maior tombo em
um mês.
E, mesmo com problemas
na Europa, EUA e China continuam motivo de preocupação para investidores. O gigante asiático por suas reiteradas "ameaças" de restringir taxas de crescimento
quando a economia global
segue combalida.
E o gigante americano, pelo motivo exatamente oposto. Ontem, o BC do país divulgou projeções mais pessimistas sobre a economia.
Nesse contexto, a escalada
de tensão entre as Coreias do
Norte e Sul somente acrescentou mais combustível.
FATORES DOMÉSTICOS
Mas fatores domésticos
também influenciaram a Bolsa brasileira. O mercado não
tem passado incólume pelo
avanço das taxas de juros negociadas na BM&F.
Essas taxas funcionam como referência para o custo
dos empréstimos nos bancos. Quando sobem, financiamentos para investimento
e consumo ficam mais caros.
Desde o fim de outubro, a taxa projetada para janeiro de
2012 passou de pouco mais
de 10,65% para quase 12%.
"Nós temos que lembrar
que metade do Ibovespa [cesta de ações] é dependente de
commodities. Se as expectativas sobre a China pioram,
metade "vai embora". A outra
metade é ligada à questão interna, quer dizer, consumo.
E, quando os juros sobem, é a
outra metade que cai", diz José Raymundo de Faria Jr., diretor técnico da Wagner Investimentos.
A indefinição dos nomes
para a equipe econômica do
próximo governo e a alta da
inflação têm sido as justificativas recorrentes para os
avanços dos juros futuros.
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