São Paulo, terça-feira, 25 de janeiro de 2011

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FOCO

Na periferia ou em região nobre, cidade acolhe diferentes níveis de investidores

DE SÃO PAULO

Há 20 dias, o paraibano Antônio Ferreira, 55, abriu um novo negócio em São Paulo. Do balcão da pequena loja de material de construção, Ferreira acompanha a agitada avenida Abílio Cesar, via de ligação entre o Jardim Ângela e o Capão Redondo, extremo sul de São Paulo.
A 25 quilômetros dali, o paulista Celso Zaccharias, 31, acaba de lançar uma nova marca de roupa feminina. Para isso, escolheu abrir uma loja na badalada (e cara) Oscar Freire, endereço do varejo de rua mais sofisticado da capital paulista. A Cupcake, um projeto no MBA do Luxo na Faap, começa a virar um negócio.
A distância em quilômetros entre o periférico Capão Redondo e o bairro nobre Jardim Paulistano é menor que o abismo social que os distingue. Mas a diferença da renda per capita entre um e outro (de dez vezes) não representa obstáculo para decisão de investimento de todos os portes.
"São Paulo nunca me negou nada. Nunca passei fome aqui. Rico não sou e nem serei, mas sempre tem uma saída para quem trabalha nessa cidade", diz Ferreira. Para ele, o ritmo construtivo da periferia promete movimentar o pequeno negócio.
Para Zaccharias, formado em hotelaria, criar uma nova marca de roupa na rua Oscar Freire lhe pareceu uma grande oportunidade. "Acho que ainda vale muito investir aqui. São Paulo é uma cidade imensa e é possível ver que o número de consumidores só cresce", diz.
(AB)


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