São Paulo, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

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Medidas de restrição ao crédito perdem força

Concessões voltaram a subir em fevereiro

EDUARDO CUCOLO
DE BRASÍLIA

As medidas do Banco Central para frear a expansão do crédito ao consumo perderam força no início de fevereiro, depois de provocar forte alta de juros e queda nas concessões nos dois meses anteriores.
O levantamento mensal da instituição também mostra que o impacto maior se deu sobre financiamentos de veículos, empréstimo pessoal e empresas que não têm acesso ao BNDES.
Empréstimos no cheque especial e no cartão de crédito foram menos afetados e voltaram a ganhar espaço no total das dívidas.
A taxa média de juros ao consumidor subiu dois meses seguidos, de 39,1% em novembro para 43,8% ao ano no mês passado, maior nível desde outubro de 2009. As altas mais expressivas foram no crédito pessoal e no financiamento de veículos.
Nos dez primeiros dias de fevereiro, no entanto, a taxa média teve pequeno recuo, para 43,5% ao ano.
A média diária de novas concessões teve no mês passado queda menor (0,7%) que a registrada em dezembro (14%). No início de fevereiro, voltou a subir.
O BC considera que o impacto maior das medidas adotadas em dezembro no crédito foi no mês passado, mas diz que outros fatores ainda podem afetar o mercado, como o novo ciclo de aumento dos juros básicos.
Em dezembro, o BC retirou a última parte do dinheiro introduzido na economia durante a crise e anunciou restrições ao crédito com prazo superior a 24 meses.
A participação do crédito na economia caiu de 46,7% para 46,5% do PIB.


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