São Paulo, segunda-feira, 25 de abril de 2011

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BÚSSOLA

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É melhor usar a previdência privada para investir ou para aposentadoria?
J.G.S. São Paulo, SP

RESPOSTA DO PROFESSOR DA FGV WILLIAM EID JR - A grande vantagem da previdência é a tributária. Se você colocar lado a lado um plano PGBL ou VGBL e um fundo de renda fixa com os mesmos custos, a previdência vai render mais. Por quê? Porque há uma postergação do imposto a pagar. Você só vai pagar o imposto de renda quando resgatar sua aplicação, e todo o dinheiro que você pagaria para o governo durante o período de investimento, rende para você. Então é melhor deixar o dinheiro bastante tempo. E há ainda uma diferença entre o PGBL e o VGBL: no PGBL você pode abater até 12% da sua renda bruta fazendo depósitos no plano. Por exemplo, se você ganhou R$ 100 mil no último ano e depositou R$ 12 mil num PGBL, esse valor será abatido da sua renda bruta. E você só vai pagar o imposto de renda sobre eles quando sacar o investimento. No VGBL, você só posterga o pagamento do imposto de renda sobre os rendimentos. Então o PGBL é dirigido para as pessoas que declaram o imposto de renda pelo formulário completo, e o VGBL para os que não declaram ou declaram pelo simplificado. Mas há mais. Na previdência você pode optar entre dois regimes tributários: o progressivo e o regressivo. O progressivo é o que você conhece da sua declaração: quanto mais você ganha mais paga, chegando a 27,5% de alíquota. O regime regressivo, instituído há poucos anos, reduz a alíquota de imposto de renda conforme o tempo de permanência do investimento. Se você sacar seu dinheiro em um ano, vai pagar 35% de impostos de renda, mas, se sacar depois de 10 anos, pagará só 10%. O cuidado maior ao investir, seja num PGBL ou num VGBL, é referente aos custos. Analise bem as taxas de administração e de carregamento. Elas variam muito de plano para plano. É fundamental comparar cuidadosamente as taxas.

AÇÕES
Já apliquei em ações, mas hoje meu capital está limitado a R$ 10 mil e quero saber se vale a pena continuar na poupança ou em fundos de renda fixa. Meu prazo é de seis meses a um ano.
G.K., de São Paulo

RESPOSTA - Com esse montante e, principalmente, com este prazo de resgate não há dúvida: ou você fica na caderneta de poupança ou busca algum fundo de renda fixa. Analise a rentabilidade nos últimos tempos. Para compensar em relação à poupança, e considerando que você vai pagar imposto de renda de 22,5% em função do seu prazo, procure fundos que tenham uma rentabilidade igual ou superior a 85% do CDI, ou aproximadamente 10%. Entre os grandes bancos, temos uns 10 fundos com esse perfil, entre renda fixa e DI.

TESOURO DIRETO
Possuo cerca de R$ 50 mil, que pretendo aplicar de modo seguro e rentável. Penso em investir no Tesouro Direto, mas dependerei apenas desse dinheiro. Estou arriscando por aplicar tudo no governo?
P.G.B, de São Paulo

RESPOSTA - Não há perspectiva, nem no longo prazo, de um calote do governo. É fácil enxergar isso através do perfil da nossa dívida. Hoje, o perfil é de longo prazo, com títulos vencendo muitos anos à frente. Quando o Collor fez o hoje famoso confisco, eles venciam no dia seguinte. Procure uma corretora com custos baixos. No site do Tesouro Direto há uma página dedicada a estes custos, que variam muito. E pense que seu rendimento anual não passará de R$ 4.500 depois do imposto de renda.

Bia e Branca Feres, atletas do nado sincronizado
"Achamos mais seguro diversificar. Por isso, temos parte do nosso dinheiro em títulos do governo, parte em um CDB e uma outra fatia em um fundo imobiliário"


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