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VAIVÉM
MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br
Safra de grãos cai em 2011 nos países europeus
A safra agrícola europeia
2010/11 deve cair em relação
à anterior, mostram estatísticas divulgadas nesta semana
por comerciantes de cereais,
agricultores e cooperativas.
Os dados da Coceral, que
representa os comerciantes,
são os mais pessimistas e
apontam para safra de 283,7
milhões de toneladas nos 27
países da União Europeia. O
volume cai 3,3% em relação
aos 293,4 milhões anteriores.
Já os dados da Copa, que
agrupa produtores e cooperativas, apontam para uma
safra de 286 milhões de toneladas, com queda de 1,3% em
relação ao período anterior.
Daniele Siqueira, analista
da Agência Rural, diz que a
área plantada é praticamente
igual à do ano passado, e o
clima, de um modo geral, é
favorável.
Houve alguns problemas
por excesso de umidade nas
áreas de enchentes no Leste
Europeu e certa preocupação
com a falta de chuva e as altas temperaturas em outros
pontos, "mas nada muito
grave", afirma.
Como a produção de milho
e de trigo é praticamente
igual à de 2009, o quadro europeu de oferta e demanda
segue sem alterações.
No mercado de grãos, a
Europa se mantém estável no
consumo. Ao contrário do
que acontece na China, onde
a demanda cresce aos saltos,
o consumo europeu muda
muito pouco.
Está praticamente no mesmo nível há anos, devido à
baixa elasticidade-renda do
consumo de alimentos, características de países desenvolvidos, diz Siqueira.
Por isso, a Europa só faz diferença no mercado internacional quando acontece uma
quebra de safra muito grave,
que a obriga a importar
grãos, como aconteceu em
2007/08.
Fase boa Os principais
compradores de trigo da
América Latina estão reunidos na Flórida (EUA) para
discutir o cenário do produto
para esta safra. Presente, Lawrence Pih, do moinho Pacífico, diz que a produção norte-americana vai bem.
Atrativo Pih diz que o
produto dos Estados Unidos
está bem favorável para os
importadores brasileiros.
Além da qualidade acima do
previsto, os preços caíram, se
equiparando, em muitos casos, aos do Leste Europeu.
Até setembro Como a
safra brasileira só aparece no
mercado em setembro, Pih
estima que as indústrias brasileiras devem importar pelo
menos 350 mil toneladas do
produto norte-americano até
aquele mês.
Pouca oferta As importações devem ocorrer devido
à pouca disponibilidade de
trigo de qualidade na Argentina e no Uruguai. Na avaliação de Pih, Norte e Nordeste
devem se aproveitar dessa
redução de preços nos EUA.
Pouco café O estoque
certificado na Bolsa de commodities de Nova York está
27% inferior ao de 2009. Com
isso, os preços mantêm forte
aceleração nas negociações
do mercado futuro. A alta foi
de 5,1%, ontem.
Presença Para elevar os
estoques, tradings e a própria Bolsa negociam para
que o café brasileiro lavado e
semilavado seja certificado
em Nova York.
Com KARLA DOMINGUES
OLHO NO PREÇO
COTAÇÕES
Londres
BRENT
(US$ por barril) 76,47
ZINCO
(US$ por mil/t) 1,80
Mercado Interno
SOJA
(Saca de 60 quilos) R$ 32,9
MILHO
(Saca de 60 quilos) R$ 14,57
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